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Vítimas da enxurrada, em Florianópolis, podem acionar seguros para reduzir os danos

17.01.2018 - Fonte: Notícias do Dia Online I Por Michael Gonçalves

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José Aílton, que perdeu móveis no apartamento térreo que sofreu avarias, vai buscar seus direitos – Marco Santiago/ND. [/caption] Seguros habitacional e de veículos protegem patrimônios contra os danos provocados por chuva, enchentes e desmoronamento, desde que provocados por causas externas. Proprietários de veículos segurados ou de imóveis financiados podem pedir indenizações pelos danos sofridos com a enxurrada que provocou alagamentos e deslizamentos em Florianópolis, na semana passada. Uma das vítimas é o armador José Ailton Alves da Silva, 34, que há nove anos paga o financiamento de um apartamento térreo no Conjunto Habitacional Parque das Figueiras, bairro Monte Verde. Na madrugada de quinta-feira (11), Silva recebeu um telefonema da mulher comunicando que a água estava invadindo o imóvel. “Estava em uma viagem ao Nordeste e foi desesperador não ter como ajudar a minha família. Perdemos vários móveis, sendo que alguns ainda nem terminamos de pagar. Além disso, a estrutura do apartamento sofreu avarias. Vou reunir os documentos necessários e buscar os meus direitos”, afirmou. Conforme informações da Caixa Econômica Federal, o seguro habitacional protege a casa própria contra os danos provocados por chuva, incêndios, enchentes, destelhamento e desmoronamento total ou parcial de paredes ou elementos estruturais, desde que provocados por causas externas. Para comunicar o sinistro em caso de alagamento, destelhamento ou desabamento provocado por chuva, o segurado deve procurar a agência bancária responsável pelo contrato de financiamento imobiliário. Após a comunicação do sinistro, a seguradora encaminha uma equipe de engenheiros até o imóvel para produzir um laudo técnico. Para agilizar o processo, o segurado pode registrar os danos ao imóvel com fotos para anexar à documentação. Em caso de alagamento, não ligue ou vire a chave do veículo O gerente de oficina Kaio Cezar Godinho, 28 anos, recebeu nesta segunda-feira (15) seis veículos danificados pela enchente. Ele informou que os prejuízos dos proprietários podem variar de R$ 400 a R$ 10 mil. O mais importante é que o motorista nunca deve tentar ligar e nem virar a chave de um veículo que ficou submerso. O caso mais grave é quando ocorre um calço hidráulico. “Em caso de alagamento, o condutor nunca deve ligar o veículo, porque pode danificar o motor e a parte elétrica. Em função disso, o correto é nem virar a chave, porque se a bateria for acionada, a parte elétrica pode ser comprometida”, informou. O mecânico Giovanne Moreira Camargo, 25, teve trabalho dobrado. Além da manutenção das peças danificadas, ele desmontou os carros para retirar a sujeira acumulada. “Achamos duas cobras em veículos diferentes”, disse. Para o corretor de seguros Walmar Conde Filho, 31, os veículos alagados que estavam parados em garagens ou nas ruas devem ser indenizados sem maiores problemas. O problema é se o carro estava em movimento. “A perícia tem como identificar se o carro estava em movimento e, essa situação, pode caracterizar uma imprudência do motorista, mas cada caso é um caso. O segurado também pode recorrer judicialmente, se não concordar com o posicionamento da seguradora. Somente a nossa companhia já registrou mais de 40 automóveis danificados”, afirmou.

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