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Variações climáticas geram aumento na busca por seguro agrícola no RS

19.09.2016 - Fonte: G1

As variações climáticas têm provocado perdas na safra dos agricultores nos últimos anos, por causa disso, tem aumentado o número de produtores que recorrem ao seguro da produção. O agricultor Pedro Tombini foi um dos que recorreu ao seguro para amenizar as perdas. Isso já aconteceu em duas ocasiões. A lavoura de trigo, de 80 hectares em Carazinho, no Norte do Rio Grande do Sul. “Já usei o seguro em 2012 por perdas provocadas pela geada. Em 2015, por perda de geada também. E este ano, como se tem uma perspectiva boa de preço, eu espero não usar”, disse, esperando colher trigo para “fazer dinheiro com ele”. Em julho de 2016 cerca de 700 agricultores sofreram prejuízos com as chuvas de granizo. No entanto, todos tinham seguro agrícola. “Com as incertezas que a cada ano vem aparecendo, então os produtores vêm se interessando pelo seguro”, explica o gerente comercial de uma corretora agrícola Alan Priesnitz Simch. Após os prejuízos registrados no inverno, agricultores têm procurados as seguradoras para segurar as lavouras do verão. De acordo com as empresas, o volume de negócios foi maior que o do ano passado. “A cultura do produtor vem mudando, e ele vem buscando essa ferramenta de proteção da lavoura”, explica Simch. “O La Niña está acontecendo, está formado, mas não tão intenso como se imaginava. Por isso que a safra americana está indo bem. Só que essa preocupação não é para o Brasil como um todo, o La Niña, e sim para o Rio Grande do Sul e Argentina”, explica o analista de mercado Eduardo Martines Sanches. Em 2016 o valor investido pelo governo federal nos seguros agrícolas, a subvenção, é de R$ 400 milhões. Os agricultores que contratam o seguro pela primeira vez tem mais chance de conseguir o benefício. O preço é de até três sacas por hectare para assegurar a lavoura. “Com esse clima que a gente tem visto, é muito comum que grandes proporções de lavoura sejam perdidas, então o seguro vem justamente para proteger esses riscos”, justifica diretora comercial Vânia Stoco Tome.

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