Vandalismo à Mona Lisa e o Seguro de Obras de Arte
07.02.2024 - Fonte: CNseg
Em janeiro, a famosa pintura Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci, exposta no Museu do Louvre, em Paris, voltou às páginas dos jornais devido ao ataque impetrado por ativistas de uma organização que alegava proteger o ambiente e fontes de alimentos e jogou sopa sobre o vidro que protege a pintura.
A importância do Seguro de Obras de Arte
Patrimônios da humanidade como a Mona Lisa têm um enorme valor de mercado. O quadro "Salvator mundi", do mesmo artista italiano, por exemplo, foi leiloada em 2017 por 450 milhões de dólares, tornando-se o quadro mais caro de todos os tempos, razão pela qual não podem prescindir de um Seguro de Obras de Arte.
O Seguro para Obras de Arte, que pertence à categoria dos Seguros Patrimoniais, é destinado a proprietários de obras de arte, que podem ser colecionadores privados, museus ou galerias. Ele protege contra danos e avarias durante exposições, estadias e transporte, além de roubo e furto
Seguro de Obras de Arte:cobertura abrangente contra diversos riscos
Além de danos, os roubos de obras de arte também são comuns. A própria Mona Lisa já havia sido roubada em 1911, tendo passado mais de dois anos desaparecida, sendo conhecida por ter tido o seguro mais caro da história. Em 1963, quando estava em exposição nos Estados Unidos, o seguro cobria um valor de U$ 100 milhões, equivalente a R$ 4,7 bilhões, na cotação atual.
Confira abaixo alguns casos de dano e furto de famosas obras de arte:
Vandalismo
Vênus ao Espelho, de Diego Velázquez: em 1914, a obra foi alvo de um ato de vandalismo da sufragista Mary Richardson, que teria cortado a tela várias vezes com uma faca, deixando um belo estrago na obra histórica
Danaë, de Rembrandt: Em 1965, a tela foi alvo de um severo ataque de um lituano, mais tarde declarado como louco, que atirou uma enorme quantidade de ácido sulfúrico sobre a tela, golpeando-a ainda duas vezes com uma faca
Guernica, de Pablo Picasso: O painel foi alvo de um ato de vandalismo em 1974 quando um homem teria pintado com uma tinta em spray vermelha a frase “Kill Lies All” sobre o painel, que estava em exibição no MoMA, em Nova York
Pietà, de Michelangelo: Em 1972, um geólogo australiano martelou várias vezes a escultura feita em 1499 e exposta na Basílica de São Pedro, no Vaticano, arrancando um braço e parte do nariz
Acidentes
Os Quebradores de Pedra, de Gustave Courbet: durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade alemã de Dresden foi bombardeada pelos Aliados, causando a destruição de grande parte da cidade, incluindo a coleção de arte Pröll-Heuer, que contava com 21 obras de arte. Dentre elas estava a pintura "Os Quebradores de Pedra" de Gustave Courbet
Pintura a óleo sem título, de Lucian Freud: em 2000, a obra chegou à casa de leilões Sotheby's, em Londres, e foi acidentalmente colocada em uma área destinada a caixas vazias para descarte, quando dois trabalhadores acabaram triturando a obra em uma máquina trituradora de papel
Le Peintre, de Pablo Picasso: em setembro de 1998, um avião da Swissair, que viajava de Nova York para Genebra, caiu no Oceano Atlântico, matando todos os 229 passageiros e tripulantes e também destruindo a pintura avaliada em cerca de $ 1,5 milhão de dólares na época
Obras roubadas e jamais encontradas
Retrato de um Jovem, de Raphael: no começo da II Guerra Mundial, os nazistas levaram a obra de 1514 do Museu Czartoryski, na Polônia, tendo desaparecido sem deixar pistas
A Natividade com São Francisco e São Lourenço, de Caravaggio: mantida por mais de 350 anos no Oratório de São Lourenço, em Palemo, essa pintura de 1609 foi grosseiramente recortada de sua moldura em 1969 e levada do local. Até hoje se especula se foi um roubo orquestrado pela Máfia siciliana
Cristo na Tempestade no Mar da Galileia, de Rembrandt: parte do acervo do Museu Isabella Stewart Gardner em Boston, esta pintura a óleo do mestre holandês foi roubada juntamente com outras doze obras em 1990, gerando um prejuízo estimado em mais de $ 500 milhões e sendo o maior roubo da história da arte norte-americana
Vista de Auvers-sur-Oise, de Paul Cézanne: a tela de 1873, avaliada em 4,8 milhões de euros, foi roubada na noite do réveillon de 2000 do Museu Ashmolean, em Oxford e, por incrível que pareça, não tinha seguro