Uso a franquia ou pago a conta?
13.10.2016 - Fonte: A Tarde
Ter um seguro para o carro não significa necessariamente que é obrigatório utilizá-lo sempre que algum imprevisto acontece. O seguro dá mais confiança na hora de um acidente mais grave ou em uma batida com perda total do veículo. Se a colisão causou grandes danos, o ideal é usar o seguro. Caso contrário, procure uma oficina de qualidade ou um mecânico de confiança. A TARDE Autos fez orçamentos de batidas em três modelos (Gol, Cruze e Ranger) para mostrar se é melhor usar a franquia do seguro ou pagar o prejuízo do conserto do carro em uma oficina. A franquia é o valor que o segurado deve desembolsar para cobrir danos em caso de perdas parciais, sendo por colisão, incêndio ou roubo. Há três opções de franquia, a franquia normal (100% do valor do prêmio); a reduzida (indicada para quem tem alto risco, porque faz com que o valor do prêmio se eleve, mas em contrapartida o valor a ser pago a cada sinistro será menor); e a majorada, com o valor da franquia ainda mais elevada. Mas lembre-se de que usar o seguro para pequenos acidentes pode causar perdas de bônus no contrato. "Cada ano de renovação sem sinistro, o segurado ganha uma classe de bônus, ou seja, um desconto progressivo que abaixa o valor do seguro em média de 10%. Caso ocorra um sinistro, se ele usar o seguro para conserto do seu veículo e de terceiro, ele não ganha a classe de bônus na renovação", explica Mário Almeida, diretor da Nossa Corretora de Seguros. Para não perder o desconto na renovação e ainda ter um custo menor, procurar uma oficina de confiança pode ser uma boa opção. Em uma batida leve, quando o veículo sofre pequenos danos, como um farol quebrado, acaba não compensando acionar o seguro. Isso porque o valor da franquia pode ser maior que o do conserto e acabará pagando um valor a mais. No caso de um Volkswagen Gol Comfortline 2016, por exemplo, apenas a troca do farol custa R$ 463. Se o reparo for por meio da seguradora, o valor da franquia é em média R$ 2.800, ou R$ 1.399 na franquia reduzida. Wilson Cardoso, da Brotas Car, indica: procure uma oficina com serviços de qualidade. "Às vezes, o cliente faz o reparo do veículo por um preço menor, mas a qualidade do serviço é ruim, o que acarreta problemas posteriores", diz. Seguro tem preço variado no Brasil Quando o preço do conserto do carro for maior que o valor da franquia, o prejuízo será dividido em duas partes: o motorista paga a franquia e o seguro paga a conta da oficina. Em caso de colisões graves, optar por usar a franquia pode ser mais vantajoso para o bolso. Por exemplo, um Volkswagen Gol, na versão Comfortline 1.0 2016, em que seja necessário trocar de para-brisa, para-lama, retoque do painel dianteiro e outras peças, o serviço custa na oficina por volta de R$ 4 mil. Mas se o cliente optar por usar o seguro, a franquia do hatch custa em média R$ 2.800, e a reduzida, R$ 1.399. Para fazer os reparos no Chevrolet Cruze LT 1.4 16V 2016, na oficina sai por R$ 9,5 mil. Já a franquia do sedã é de R$ 3.274 e R$ 1.623, na opção reduzida. No utilitário Ford Ranger Sport 2.5 16V o gasto é de R$ 9 mil nas oficinas. Por conta da seguradora, a franquia é de R$ 7.840 e R$ 3.915 (reduzida).