Seguro para uma população com expectativa de vida cada vez maior
15.12.2023 - Fonte: Sou Segura
Por Patricia Soeiro
A população mundial está envelhecendo. Hoje em dia, por diversos motivos, o número de pessoas tendo mais filhos tem diminuído e a proporção entre os mais velhos e mais novos tem se tornado cada vez menos equilibrada. Esse processo tem feito com que a indústria de seguros busque adaptações, além de tornard o seguro de vida torna-se ainda mais essencial dentro de um pacote de investimentos. Segundo o relatório “Life Insurance”, realizado pela Capgemini Research Institute e que teve a participação da AXA no Brasil, a proporção da população mundial com mais de 50 anos deve dobrar até 2050 se comparada com 1990. Isso somado à combinação do declínio de apoio governamental para pessoas mais velhas e do aumento dos custos de saúde, obriga indivíduos a assumirem maior responsabilidade financeira para poderem envelhecer bem.
No Brasil, de acordo com o último Censo realizado em 2022, pessoas com mais de 65 anos representam 10,9% da população total. Desde o primeiro recenseamento em território nacional, esse é o maior percentual de idosos já mapeado no país.
Cada vez mais, começar uma relação com o segurado quando ele ainda é jovem será necessário para tornar esse segmento atraente e financeiramente sustentável para os dois lados. As seguradoras precisam estar atentas às oportunidades para se conectarem com este público desde cedo e preparar soluções flexíveis e completas e que se adaptem às necessidades de cada época da sua vida.
O seguro de vida é uma ferramenta fundamental para garantir a estabilidade financeira dos beneficiários em momentos difíceis. Porém, ainda existe uma enorme parcela da população, principalmente no Brasil, que não tem esse tipo de cobertura. É preciso que o mercado de seguros se una para fazer um importante papel de comunicação, posicionando esse produto como um investimento no futuro, ainda mais em casos em que as pessoas possuem dependentes financeiros.
Quando se fala sobre dependentes financeiros no Brasil, é crucial que as companhias de seguros adotem uma abordagem voltada para as mulheres. Este público é ainda mais carente de produtos que as protejam em momentos de vulnerabilidade. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, as mulheres representam a maioria da força de trabalho no país (54,5%). Além disso, os domicílios brasileiros chefiados por mulheres eram 45% em 2018 e continuam a crescer. Em outras palavras, as mulheres são responsáveis pelo sustento de muitos dependentes atualmente. O tempo em que o seguro de vida era considerado exclusivamente masculino ficou para trás. É preciso ter um olhar personalizado para essa parcela da população e suas demandas.
Mais do que olhar produtos e estratégia de vendas, é necessário que o setor se una em prol da criação de um cenário capaz de absorver as novas demandas da sociedade. Temos um papel importante do ponto de vista da agenda ESG para incluir mais pessoas dentro de um mundo com mais segurança financeira. Ainda mais quando falamos de mulheres, que ainda vivem uma vulnerabilidade financeira muito grande.
As oportunidades de fazer negócios e ajudar a construir um futuro melhor são enormes. Vamos juntos.