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Seguradoras se preparam para notificações após apagão cibernético, mas cobertura de danos não é garantida

23.07.2024 - Fonte: CQCS | com informações da agência Reuters

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As seguradoras podem enfrentar uma série de reclamações após o apagão cibernético da última sexta-feira, dia 19 de julho. Em entrevista à agência Reuters, especialistas do setor de seguros explicaram que as companhias se preparam para notificações após a falha, mas nem todos segurados serão indenizados, uma vez que muitas das apólices não têm cobertura para interrupção de atividades em casos como o da semana passada.

A falha ocorrida na sexta-feira foi desencadeada pela atualização de software da plataforma de cibersegurança CrowdStrike, projetada para proteger sistemas Microsoft Windows. Além do cancelamento de voos, o apagão afetou alguns canais de televisão e deixou clientes sem acesso a serviços como bancos e saúde.

Em entrevista à Reuters, Ryan Griffin, sócio e especialista em cibersegurança da corretora de seguros McGill e Parterns, afirmou que as seguradoras estão se preparando para receber centenas de reclamações de organizações afetadas pelo apagão. No entanto, nem todos os negócios serão indenizados pelo tempo e dinheiro perdidos.

De acordo com Marcos Alvarez, chefe de seguros na agência de classificação DBRS Morningstar, uma apólice tradicional de seguro empresarial não cobriria perdas decorrentes da falha na sexta-feira.

No caso do seguro cibernético, nem todas as apólices cobrem interrupção de negócios. Essa cobertura teria que ser obtida separadamente, de forma adicional. Segundo Nir Perry, CEO da CyberWrite, uma plataforma de risco de seguro cibernético, algumas coberturas excluem eventos maliciosos, além de se ter períodos de carência e franquias que as empresas terão que considerar antes de buscar as seguradoras. O executivo, ainda à Reuters, afirmou que os danos econômicos poderiam alcançar bilhões de dólares em tais eventos e acrescentou que a falha deve ser considerada como possível influenciadora de uma catástrofe de seguro.

*Conteúdo produzido com informações da agência Reuters traduzidas em ferramenta de inteligência artificial

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