Seguradora investe para crescer ainda mais rápido nos próximos anos
16.11.2016 - Fonte: CQCS
O CEO da Mapfre no Brasil, Wilson Toneto, afirma que foi adotada “uma série de medidas” que deve surtir efeitos já nos próximos meses, deixando a seguradora em posição privilegiada para aproveitar a gradual retomada econômica projetada para o país nos próximos anos. Segundo ele, todo o mercado sentiu os impactos da retração da economia, principalmente nos produtos para pessoas físicas e relacionados a concessão de crédito. Diante desse cenário, os consumidores passaram a buscar produtos mais simples e com preços mais ajustados aos orçamentos familiares e ao cenário de incertezas atuais. Por outro lado, as grandes e médias empresas, de forma geral e prudencial, mantiveram suas proteções patrimoniais, buscando seguradoras com excelência no atendimento e serviço, preços competitivos e com capacidades de resseguro adequadas. “O setor agrícola, assim como no contexto macroeconômico, mais uma vez demonstrou sua competência e produtividade, aproveitando a antecipação de crédito disponibilizada no primeiro semestre”, afirma o CEO. Toneto diz ainda que os “grandes vilões” deste ano foram os segmentos de Automóveis e de Transportes Nacionais, que registraram elevações importantes na frequência de roubo, principalmente na região Sudeste do País. Ele revela que, não fosse o aumento da sinistralidade no segmento de autos, que representa quase um terço do negócio da Mapfre no Brasil, e do roubo de cargas, “teríamos um crescimento ainda mais expressivo em nosso resultado”. No Brasil, de janeiro a setembro, o resultado antes de impostos de todas as atividades do grupo somou R$ 2,3 bilhões ou 600 milhões de euros (-7,6% em euros e + 1,5% em moeda local). Esses resultados são importantes e demonstram a capacidade da companhia em manter a rentabilidade, mesmo em um cenário econômico adverso localmente. O volume de negócios na Regional Brasil alcançou R$ 12,9 bilhões, decréscimo de 1,6% em relação ao mesmo período de 2015. Em euros, as receitas totais somaram 3,3 bilhões, decréscimo de 10,4%. A depreciação do real em relação ao euro, observada na comparação com o mesmo período do ano anterior, e a menor atividade de vendas de seguros vinculados a empréstimos concedidos pelo canal bancário (vida) afetaram o crescimento da companhia no país. No entanto, é importante considerar as condições do mercado local, em que alguns negócios seguem com importante avanço. É o caso do seguro Agrícola, que cresceu 15%, e da área de Riscos Industriais, que registrou evolução de 4% em relação ao ano anterior. Já o faturamento global da Mapfre somou 20,9 bilhões de euros até setembro, incremento de 1,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido foi de 572 milhões de euros, um decréscimo de 3,8% em relação ao mesmo período em 2015. O volume de prêmios emitidos, por sua vez, alcançou 17,1 bilhões de euros (decréscimo de 1,3% em relação ao ano anterior). Em quase todos os países onde a Mapfre atua, foi registrado crescimento em moeda local.