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Saúde suplementar é tema de palestra da presidente da FENASAÚDE

14.09.2016 - Fonte: Enfato Multicomunicação

Solange Beatriz Palheiro Mendes apresentou um panorama atual do setor

"A saúde suplementar é considerada a grande solução para o País." Com esta afirmação, a presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FENASAÚDE), Solange Beatriz Palheiro Mendes deu início à palestra que foi a atração do Café do CVG/RS (Clube de Seguros de Vida e Benefícios/RS) na manhã de terça-feira, dia 13 de setembro, no Salão Nobre da Federasul. O evento teve o apoio do Sindicato das Seguradoras do RS - SINDSEGRS. A advogada com pós graduação em seguros e que já ocupou o cargo de diretora de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, continuou dizendo que atualmente não existe saúde no Brasil sem a participação da saúde suplementar. "Mas não se pode deixar esse serviço sozinho. É preciso ter a saúde pública caminhando junto", afirmou Solange que lembrou que o Ministério da Saúde sugeriu a criação de um plano popular que daria acesso da população à saúde suplementar e assim desonerando o SUS. "O ministro está solicitando sugestões, dando voz à sociedade que clama por planos mais baratos e que possam ter implementação imediata". Porém, a pres idente da FENASAÚDE salientou que é necessário que antes se dê maior racionalidade aos reajustes de preços dos planos baseados nos altos custos das operadoras. Solange apresentou um resumido panorama da saúde suplementar atualmente. São 18 grupos empresariais sendo 23 operadoras associadas com 28,8 milhões de pessoas beneficiadas (40,8% do total) e que geram uma receita de R$61,9 bilhões. Em 2015, o mercado de saúde suplementar teve 267 milhões de consultas médicas, 747 milhões de exames complementares, 137 milhões de atendimentos ambulatoriais, 48 milhões de terapias, 8 milhões de internações e 1,4 bilhão de procedimentos realizados. Os desafios do setor são grandes. Solange apontou a crise na macro economia como um dos pontos que mais impactam. "A crise leva os brasileiros a demandarem mais serviços públicos. Com o desemprego, 34% deixaram de ter planos de saúde, pois 60% dos beneficiários estão nos planos empresariais. Desde 2015 houve um decréscimo de mais de um milhão de usuários", mostrou. Outro desafio seria a disparidade dos preços dos materiais e insumos no mercado internacional com os praticados no mercado nacional. "Um marcapasso cardíaco, por exemplo, pode custar um pouco mais de 3 mil e 500 dólares e mais de 20 mil e 500 dólares no Brasil", apontou Solange. A presidente da FENASAÚDE contou que, apesar do que muitos acreditam, a saúde suplementar ocupa o 18º lugar no ranking de reclamações no Procon. E por suposições como a crença de que a operadora tem obrigação de cobrir toda e qualquer doença ou o desconhecimento da legislação da saúde suplementar. E como demandas consumidor em período de carência, tratamentos experimentais e acesso à rede de serviço não contratado, entre outros. "Como consequências temos a elitização do acesso à saúde, a imposição de danos à coletividade e a inibição das iniciativas empreendedoras", finalizou Solange.   Sobre o SINDSEGRS Com uma história de 120 anos, o Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul (Sindseg-RS) coordena ações políticas e institucionais, para o aperfeiçoamento e o crescimento da indústria de seguro no Rio Grande do Sul. O Sindicato é reconhecido pelo Estado como representante da categoria econômica, e tem por finalidade o estudo, a defesa e a coordenação das atividades de empresas seguradoras, visando ao fortale cimento do seguro, cujo desempenho contribui para restaurar patrimônio, mobilizar recursos para desenvolver a economia do país e combater o desemprego. Atualmente, estão filiadas 28 empresas, sendo que 26 operam em seguro privado, vida, saúde e previdência e 2 operam em capitalização.

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