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Rio Grande do Sul lidera na contratação de Seguro Residencial

08.02.2024 - Fonte: Jornal do Comércio

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Região é muito atingida por vendavais, chuvas de granizo e quedas de raios

Uma pesquisa realizada pela Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) apontou recentemente que os brasileiros estão cada vez mais precavidos à necessidade de ter um seguro residencial. Os dados apontam que a contratação deste tipo de produto no País cresceu 25% em quatro anos, saindo de 13,6% em 2017 para 17% em 2021. No entanto, vale ressaltar que a instituição ainda está em processo de consolidar os dados relativos a 2022, porém, as perspectivas indicam um crescimento adicional para o setor.

Essas informações representam um aumento de 2,8 milhões de residências com seguro residencial, totalizando 12,7 milhões em todo o País. Conforme a análise, em 2021, a região com maior participação foi o Sul, com 29,7%, seguida de Sudeste (22,3%), Centro-Oeste (12,9%), Nordeste (7%) e Norte (4,6%).

Entre os estados, a melhor cobertura é a do Rio Grande do Sul, com 38,6% dos domicílios segurados, acima de São Paulo, que vem logo atrás com 29%. Santa Catarina (27,1%), Paraná (22,7%) e Distrito Federal (21,8%) vem em seguida. O levantamento da FenSeg cruzou dados das 61 seguradoras que comercializam o seguro residencial no Brasil com números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Na avaliação da vice-presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais Massificados da FenSeg, Magda Truvilhano, o Rio Grande do Sul tem a maior participação de adesão ao seguro residencial justamente por conta das ocorrências climáticas.

"O estado gaúcho, como um todo, é uma região muito atingida por vendavais, chuvas de granizo e quedas de raios, que acompanham as tempestades. Então, tudo isso pode causar prejuízos nas residências. Por isso, a população tem uma consciência maior de levar em conta a contratação de seguro residencial", explica Magda.

Além das coberturas básicas que são obrigatórias na adesão do seguro residencial, que envolvem incêndio, queda de raio e explosão, estão danos elétricos, vendaval, além de roubo e responsabilidade civil, que é uma parte importante do pacote de proteção. Ela visa proteger o segurado em situações em que ele é considerado responsável por danos ou ferimentos a terceiros, ocorridos na sua propriedade ou em circunstâncias relacionadas a sua residência.

"Um exemplo clássico que a gente utiliza na responsabilidade civil é quando um cão, por exemplo, morde alguém dentro de um imóvel. Exemplo: tem uma visita que entrou no imóvel assegurado e o cão de estimação mordeu a pessoa. Ela terá gastos com medicamentos, médicos e tudo mais. Estes custos devem ser pagos por quem causou o dano, ou seja, o proprietário do cachorro (neste caso, o segurado) e todos estas despesas que foram tidas, o segurado irá pagar para o terceiro, e depois a seguradora o reembolsa nessa cobertura de responsabilidade civil'', diz Magda.

A vice-presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais Massificados da FenSeg ressalta que a cobertura de responsabilidade civil também muitas vezes se estende além da sua residência. "Se o segurado estiver jogando frescobol na praia e a bolinha atingir, machucar uma criança, a cobertura pode ajudar a pagar as despesas médicas."

Mas afinal, o que é Seguro Residencial e qual sua importância?

O seguro residencial é um conjunto de proteções a imóveis, diante de situações imprevisíveis que possam atingir o patrimônio dos clientes. Ele pode ser contratado tanto para residências quanto para apartamentos, de uso habitual ou veraneio. A partir de sua vigência, fica assegurado o pagamento de uma indenização, caso algum incidente coberto pela apólice venha a ocorrer.

"O valor do seguro para residências é definido de acordo com a estrutura física e os bens existentes no imóvel. Além disso, é alterado conforme as coberturas contratadas", explica o vice-presidente do Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul (Sindsegrs), Rubens Oliboni. Apesar de muita gente acreditar que o seguro para imóveis é desnecessário, ter uma apólice na hora de um imprevisto é fundamental, isso porque o objetivo desse serviço é proteger o patrimônio.

"É comum as pessoas pensarem que este tipo de seguro tem um custo alto, principalmente se comparado com o seguro de automóvel, que geralmente têm taxas mais caras, por conta da cobertura de roubo e colisão. Já o seguro residencial possui o custo-benefício compensador, pois os preços são atrativos e com taxas bastante baixas", destacou Rubens Oliboni.

Opção protege o patrimônio

O seguro residencial é um produto que protege o patrimônio do segurado, prédio e conteúdo, garantindo uma indenização em caso de sinistros que causem prejuízos. O funcionamento deste tipo de seguro pode variar de acordo com a seguradora e o plano escolhido.

Conforme o vice-presidente do Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul (Sindsegrs), Rubens Oliboni, o primeiro passo é entrar em contato com um corretor profissional, solicitar a cotação de um seguro residência e definir quanto ao tipo de verba contratada. Também é necessário definir as coberturas, como proteção contra incêndio, roubo, desastres naturais, danos elétricos, entre outras. ''As seguradoras analisarão o risco para definição quanto aceitação do mesmo, levando em conta critérios técnicos da construção, da localização e dos valores e coberturas envolvidos'', explica Oliboni.

Outro grande diferencial do seguro residencial são os serviços de Assistência 24 horas. Esses são serviços específicos que podem ser acionados, sem que haja a ocorrência de um sinistro. Trata-se de um conjunto de benefícios como limpeza da caixa d'água, chaveiro, encanador, caçamba de entulhos, entre vários outros. A partir do início da vigência do seguro, o cliente pode acionar a seguradora com a qual foi contratado o serviço e utilizar essa gama de coberturas adicionais.

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