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Psicóloga reflete sobre luto e a reconstrução pós-enchente em encontro do Clube da Pedrinha

15.10.2024 - Fonte: Seguro Gaúcho l Andréia Pires

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Na noite da segunda-feira, 14 de outubro, o Clube da Pedrinha promoveu seu encontro mensal na Casa do Marques, em Porto Alegre. O evento reuniu membros da entidade para debater os recentes movimentos do mercado segurador e as ações solidárias desenvolvidas pelo clube. A presidente Eliane Freitas conduziu a abertura com um balanço das iniciativas, incluindo a doação de eletrodomésticos para uma creche em Canoas, severamente atingida pelas enchentes de maio.

A anfitriã também homenageou os professores pelo Dia do Professor, celebrado nesta terça-feira, 15, com destaque especial para a professora Jane Manssur, uma das autoras do livro Rua da Esperança. A obra, uma das iniciativas do movimento SOS Chuvas RS, tem sido distribuída em escolas e busca resgatar a esperança entre as crianças afetadas pela tragédia climática. A presidente aproveitou ainda para compartilhar sua experiência pessoal durante a cheia que atingiu Porto Alegre, relatando o receio que sentiu ao ver as águas invadindo ruas e bairros.

A Rua da Esperança nas escolas

A professora Jane Manssur falou sobre a aceitação do livro Rua da Esperança nas escolas e a emoção de ver o impacto positivo da obra em crianças e educadores. “No passado, era muito difícil de entrar nas escolas. Hoje, a gente liga e a receptividade surpreende. As instituições de ensino pedem por mais exemplares e indicam outros colégios. A leitura provoca muitas emoções, especialmente em quem viveu a tragédia de perto”, comentou a educadora, destacando a importância do trabalho voluntário para reconstruir sonhos e esperanças.

Os impactos psicológicos da enchente

A psicóloga Arieli Groff trouxe reflexões sobre os impactos psicológicos da enchente, abordando o luto vivido por adultos e crianças diante das perdas materiais e simbólicas. Ela ressaltou como a tragédia abalou o "mundo presumido" dos gaúchos, a visão de estabilidade e segurança que todos tinham antes das enchentes. “A gente não acreditava que Porto Alegre, Canoas e outras cidades ficariam inundadas. Quando a água chegou, muitos não imaginaram que precisariam sair de suas casas ou que essa situação duraria tanto tempo”, afirmou a palestrante, explicando como o processo de luto vai além das perdas físicas, abrangendo também os sentimentos de segurança e pertencimento.

Arieli também destacou a importância de validar as diferentes formas de dor e sofrimento. “Empatia é sentir como o outro, não pelo outro. Precisamos entender que, quando alguém diz que perdeu tudo, essa percepção é real para essa pessoa, mesmo que seu ‘tudo’ seja diferente do nosso”, disse. A psicóloga relatou histórias que acompanhou em abrigos, como a perda de animais de estimação, frequentemente desvalorizada, mas que pode ser tão dolorosa quanto outras perdas. Ela ressaltou que cada pessoa tem um ritmo próprio para processar o luto e encontrar um caminho de recuperação.

Brinde ao Sincor-RS!

Ao final da palestra, o presidente do Sincor-RS, André Thozeski, propôs um brinde entre os participantes para celebrar os 82 anos da instituição, comemorados nesta segunda-feira, 14 de outubro. O momento foi marcado por um clima de confraternização e reconhecimento da trajetória do sindicato ao longo das últimas décadas. A celebração oficial, no entanto, ocorrerá no próximo sábado (19), em um evento especial organizado pelo sindicato na cidade de Novo Hamburgo, onde a trajetória de conquistas será relembrada.

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