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Presidentes de SINDSEGS avaliam os mercados regionais diante da Covid-19

12.06.2020 - Fonte: Seguro Gaúcho

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Quinta edição do CNseg Webinars debateu os impactos provocados pela pandemia decorrente do novo coronavírus nos mercados de seguro de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná , Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

O encontro virtual teve a mediação do presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e diretor-presidente da Fenaseg, Marcio Coriolano, e contou a participação dos presidentes dos Sindicatos de Seguradoras (Sindseg) do RS, Guilherme Bini; de SC Waldecyr Schilling; do PR/MS, Altevir Dias; e do RJ/ES, Antonio Carlos Costa.

Marcio Coriolano analisou a atual conjuntura, apresentou números divulgados pela Susep e fez projeções. Apesar da preocupação com a crise que afeta a economia e o setor de seguros, na visão do dirigente a pandemia está gerando na sociedade a consciência de que a prevenção contra riscos é muito importante. “Esse sentimento de busca pela proteção que as pessoas estão tendo, contribuirá para a retomada do nosso segmento no futuro”.

Ao explanar sobre a realidade do setor, o presidente do Sindseg-RS e diretor territorial Rio Grande do Sul da Mapfre, Guilherme Bini, falou que todo momento de crise gera oportunidades. Na seqüência, apresentou índices. “Os números acumulados do primeiro trimestre de 2020 mostram um crescimento de 15.5% em relação ao mesmo período do ano passado. O Rio Grande do Sul representa 7% de markt shsare do mercado de seguros nacional”, destacou.

O executivo apontou algumas alternativas aos corretores de seguros. “Um grande destaque para nosso estado foi a carteira de seguro rural. Como apenas 15% das propriedades rurais possuem o seguro agrícola, significa que as restantes 85% não estão seguradas. Portanto, esse é um nicho promissor a ser explorado”, disse. Além do seguro de vida que tem apresentado significativa procura depois do início da pandemia, Bini vislumbra boas possibilidades no seguro educacional. “Essa modalidade vem tendo boa evolução, tanto que em 2019 a arrecadação de prêmios cresceu em 34%. Inclusive tem aumentado muito o número de instituições educacionais que estão procurando esse seguro”.

Sobre a retomada das atividades, Bini disse que todos os agentes do mercado segurador devem estar preparados. “É necessário olharmos para as oportunidades que teremos pela frente. Precisamos usar o que aprendemos durante a pandemia, já que atravessamos um período de reclusão em que pudemos aperfeiçoar sistemas, ferramentas e tecnologia. Nosso cliente é híbrido em termos de hábitos de consumo. Alguns preferem os canais digitais e outros, não”.

Ao analisar a conjuntura econômica dos estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, o presidente do Sindseg-PR/MS e superintendente executivo regional do sul da Bradesco Seguros, Altevir Dias do Prado, argumentou que os impactos foram menores que em outros locais do Brasil porque sua região tive um controle eficiente da crise sanitária, além de possuir uma vocação muito forte com o agronegócio, que é um segmento que mantém plenamente as atividades.

Especificamente em relação ao mercado segurador, o executivo enalteceu a ação das Companhias, que conseguiram atender planamente tanto seus clientes como os demais agentes envolvidos nas operações. “As seguradoras deram um show de tecnologia com muita eficiência no atendimento digital. Depois que atravessarmos a pandemia essa realidade de home office e esse modelo de relação que foi estabelecido com o mercado deverá ter continuidade, mesmo que numa proporção diferente da atual”.

A força do agronegócio na atual conjuntura e sua conseqüente influência no segmento de seguros também recebeu destaque do presidente do Sindseg SC e diretor comercial regional sul da Zurich Seguros, Waldecyr Schilling. Para ele os seguros cibernéticos deverão ter crescimento já que no atual momento a sociedade está se comunicando intensamente pela internet e o Brasil é um dos principais alvos de ataques de hackers. Schilling ressaltou que Santa Catarina já é a sexta maior economia do Brasil com atividades bem diversificadas.

Em relação ao setor, ele salientou que no primeiro trimestre de 2020 o seguro de responsabilidade civil registrou crescimento de 56,6% e o de garantia estendida, 44%, em relação ao mesmo período do ano passado. O executivo deixou um recado importante. “Os corretores necessitam capacitação contínua para atenderem melhor o consumidor que está cada vez mais exigente e bem informado”.

Além de apresentar um panorama sobre a situação econômica do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, o presidente do Sindseg RJ/ES e diretor regional da HDI Seguros, Antonio Carlos Costa, informou que nesse período de pandemia as seguradoras de sua região focaram mais na renovação de contratos do que em contratos novos, e que muitas optaram por oferecer mais descontos e parcelamentos. Costa destacou a aceleração da digitalização de processos e canais. Ele prevê um aumento da demanda por seguros cibernéticos, de crédito e garantia judicial.

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