O setor segurador na agenda de desenvolvimento de políticas públicas do País
10.11.2016 - Fonte: CNseg
Em jantar oferecido pelo Clube da Bolinha, o presidente da CNseg aponta como o seguro pode contribuir para a retomada do crescimento Mesmo já tendo presenciado vários períodos de dificuldades para o País em todo o tempo vivido nas administrações pública e privada, Marcio Coriolano não se lembra de ter visto o Brasil em uma situação tão delicada como atual, tanto em termos econômicos como éticos. A afirmação foi feita pelo próprio presidente da CNseg durante jantar em sua homenagem realizado nesta terça-feira, 8, no Rio de Janeiro, pelo Clube da Bolinha, confraria de integrantes do mercado segurador que reúne-se mensalmente para debater as questões do setor. Mas, apesar dessa crise afetar inegavelmente o setor segurador, reduzindo a contratação de seguro por parte das grandes corporações e da população, segundo ele, o crescimento de 7,5% nos primeiros nove meses do ano, ainda que menor que o de 12% de 2015, deve ser considerado muito bom. No mesmo período, a produção industrial caiu 8,7%, a indústria de transformação caiu 8%, a produção de bens de consumo duráveis caiu 21%, a produção de veículos caiu 20% e o financiamento imobiliário caiu 45%. E para contribuir para a retomada do crescimento brasileiro e do mercado de seguros, em particular, Coriolano afirmou que sua prioridade absoluta é recolocar o setor segurador na agenda de desenvolvimento de políticas públicas do País e, para isso, o Programa de Educação em Seguro tem um papel importante, pois visa não se comunicar apenas com a população, mas também com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. “Acho que nosso setor tem um som legal mas uma imagem ruim”, afirmou Coriolano, lembrando que não adianta só ficar falando pra dentro. “Queremos mostrar as virtudes e as possibilidades de contribuição do setor. Quando dizemos que, em 2015, o setor formou reservas técnicas de quase 840 bilhões de dólares, as pessoas ficam espantadas”, complementou. Já, internamente, seu foco está em implementar na Confederação uma administração “absolutamente profissional, com rotinas, processos e governança semelhantes aos das entidades privadas, e forte redução de custos”. Questionado sobre a recuperação da economia brasileira, afirmou que é esperançoso, mas isso também vai depender do sucesso dos projetos de reforma da Previdência e de ajustes das despesas públicas. Do ponto de vista do setor, segundo ele a saída está no ajuste de produtos voltados à população de mais baixa renda e de sua capacidade de sensibilização do governo sobre a necessidade de flexibilização da regulação para a criação de produtos mais identificados com a população, sobretudo, mas não apenas, na área de saúde privada. O jantar o Clube do Bolinha foi realizado no Restaurante Aspargus, localizado no mesmo prédio da CNseg, reunindo cerca de vinte e cinco representantes do setor.