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“O seguro ‘agasalha’ as pessoas”, define o presidente do Grupo Bradesco Seguros

26.02.2024 - Fonte: Revista Cobertura

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Durante apresentação no 2º Ciclo de Palestras do Centenário do Sindseg PR/MS, Gontijo destacou a atuação intensa das seguradoras para mostrar o lado institucional e a pujança do seguro

Após o resultado de 2023 ter superado as projeções e atingir o faturamento recorde de R$ 107 bilhões, o Grupo Bradesco Seguros, comandado por Ivan Gontijo, ingressa em 2024 com muito otimismo. E, mais uma vez, deixa claro que a sua jornada ascendente é em conjunto com os parceiros corretores e assessorias em seguros. “Desses R$ 107 bilhões, 94% veio através de corretores de seguros”, informou.

Para 2024, faz parte da estratégia do Grupo explorar as diversas regiões do Brasil com foco em nichos diferenciados. “Nosso objetivo é manter a tração de comercialização dos nossos produtos no eixo Sul e Sudeste, mas precisamos ir para o interior. Precisamos atender as necessidades da sociedade no Mato Grosso e no Pará, por exemplo. O Nordeste é um mercado novo que se avizinha, que outrora nós não olhávamos. Vamos para esses mercados com produtos regionalizados para que possamos atender as necessidades locais”, enfatizou Gontijo.

Atrelado à expansão comercial estão também os patrocínios culturais, que já não estão centralizados nas grandes capitais e já chegaram 35 cidades.

O executivo foi o convidado da segunda edição do Ciclo de Palestras do Centenário do Sindicato das Seguradoras do Paraná e Mato Grosso do Sul (Sindseg PR/MS), realizada em 22 de fevereiro, no auditório da Associação de Médicos do Paraná.

“Esta noite é verdadeiramente especial, pois damos sequência ao nosso ciclo de palestras do centenário do sindicato, que é reconhecido como uma das instituições mais atuantes do Brasil. Ao longo desses cem anos, nossa instituição enfrentou desafios e vivenciou momento históricos que moldaram não apenas a nossa trajetória, mas também o cenário nacional e global”, destacou Altevir Prado, presidente Sindseg PR/MS.

Relação de transparência

Para Gontijo, hoje, mais do que nunca, a transparência é fundamental na relação comercial. Em sua visão, a seguradora tem de desenhar produtos claros e precificar o risco adequadamente, ao mesmo tempo em que o segurado precisa saber exatamente o que está comprado e entender a sua cobertura.

Também será cada vez mais mandatária a atuação consultiva por parte dos corretores de seguros. Para ele, é o corretor quem pode entender as necessidades dos clientes e levá-las para a seguradora. Assim, uma melhor jornada para o segurado será desenhada.

“O seguro é uma atividade única e a sua capacidade reflete a dinâmica do nosso tempo. Ele está sempre voltado para agasalhar as pessoas físicas ou jurídicas no âmbito das suas relações pessoais ou comerciais”, definiu.

Outra ação praticada pelo mercado é informar não somente o resultado financeiro, mas lançar luz sobre o retorno para a sociedade em forma de pagamento de indenizações. Estima-se que, em 2023, o mercado tenha indenizado algo em torno de R$ 400 bilhões.

Seguro ainda é desconhecido

Dentro do Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros (PDMS), realizado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Gontijo destacou que as companhias têm atuado fortemente para mostrar o lado institucional e a composição do seguro.

“É preciso que o judiciário entenda os efeitos econômicos da sua decisão. E que ele pode, inclusive, estar retirando uma empresa do mercado. A atuação tem sido neste campo porque precisamos proteger o negócio, o produto e a sociedade brasileira”.

Gontijo, que também é membro conselho diretor da CNSeg, explicou que não há mais seguradoras oferecendo planos individuais no saúde porque de um lado não se tem os reajustes na proporção e, de outro lado, tem-se as condenações de rol de doenças não estabelecidos na legislação. “A equação não fecha e quem perde com isso é a sociedade. O seguro ainda é desconhecido pela sociedade brasileira, mas também pelas autoridades. O executivo, o legislativo e o judiciário não conhecem o seguro. Ao não conhecer o seguro, o judiciário desfaz uma ordem atuarial, que tem uma envergadura e importância grande para o seguro, pois mexe com o mutualismo”.

Para ele, o mercado está em desenvolvimento, demanda criatividade, produtos e processo novos, além de respeito à sociedade e ao cidadão brasileiro. “E acima de tudo, demanda a criação de canais para ouvir o segurado-cliente. É preciso conhecer os pontos que podemos melhorar no processo de comercialização e liquidação dos sinistros para dar à sociedade brasileira o que ela merece”.

O Ciclo de Palestras do Centenário do Sindseg-PR/MS teve como primeiro convidado Dyogo Oliveira, presidente da CNseg.

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