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No RS, após contratar seguro sem Corretor, cirurgiã-dentista sofre em uma emergência

22.01.2024 - Fonte: CQCS | Foto: arquivo pessoal

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A moradora de Pelotas (RS) Chayane Viana estava viajando de férias em Punta Cana, na República Dominicana, com o marido, Maurício Nowak, quando foi diagnosticada com uma pneumonia grave e precisou ficar hospitalizada. Apesar de ter contratado o seguro viagem, o casal enfrentou problemas.

Segundo informações veiculadas pelo Portal G1, Chayane começou a se sentir mal faltando apenas três dias para o fim da viagem e, por isso, foi hospitalizada às pressas na UTI de um hospital. Como a República Dominicana não conta com um sistema público de saúde, Nowak comentou que os custos do hospital totalizaram US$ 78 mil.

Após Chayane ter ingressado no hospital, o casal acionou a seguradora. No entanto, de acordo com relatos da família, Nowak precisou enviar comprovantes da viagem, do hospital, do cartão de crédito e outros documentos necessários, o que durou cerca de três dias. No dia 5 de janeiro, Maurício recebeu uma ligação da seguradora informando que não teria como cobrir o custo da internação, pois o seguro foi acionado após o ingresso de Chayane no hospital.

Além do gasto com o hospital, o casal também precisou desembolsar R$ 490 mil para transportar Chayane com toda a estrutura necessária, o qual foi custeado, em parte, com ajuda de uma vaquinha online organizada pela família e, a outra parte, por um empréstimo feito pela empresa de engenharia civil em que o marido da cirurgia-dentista trabalha.

De acordo com informações divulgadas, a apólice contratada pelo casal foi da Mastercard. Frente a isso, Caio Henrique Cones, diretor da WA Seguros, comentou que o seguro contratado por meio do cartão de crédito pode deixar a desejar: “Os seguros contratadas através do cartão de crédito, Apesar de darem uma falsa ilusão de que são robustos, deixam a desejar em coberturas complementares e, muitas vezes, a regra para ter acesso ao benefício não é clara, pois se é um benefício, sem custo, ele deveria estar ativo de forma compulsória para os beneficiários”.

O diretor da WA Seguros enfatizou que, após a emissão da apólice, da Mastercard nesse caso, tem validade por 12 meses, o que dá a entender que tem atuação por um ano e não só para o período da viagem. “Se os certificados são emitidos anuais, enquanto o mercado emite a cobertura diária, por que a operadora de cartão não deixa o benefício ativo de forma compulsória?”, questionou Caio.

“Entendo que o princípio do seguro é a boa fé e que o seguro tem um princípio social. Se caso o seguro viagem tivesse sido contratado como orienta a Mastercard e a seguradora não encontre vestígios para negar o sinistro por preexistência ou má fé do segurado, entendo que ambos (operadora de cartão e seguradora) devem se unir e apoiar a cliente neste momento de fragilidade, pois, assim, o seguro realmente teria cumprido o seu papel”, explicou Caio. “Casos como esse, que aconteceram com a Chayane, reforçam a importância do corretor de seguros em instruir o cliente, recomendar os melhores produtos e apoiá-los no momento de fragilidade”, comentou o diretor da WA Seguros.

Caio também destacou a importância de um plano de saúde para esses casos, alguns planos oferecem atendimento fora do país: “Dependendo do plano contratado, além de reembolsar as despesas médicas e hospitalares no Brasil, também reembolsam as despesas fora do Brasil. No entanto, o reembolso não é integral, sofrerá interferência do câmbio e obriga ao segurado ter liquidez para pagar o tratamento emergencial e solicitar o reembolso posteriormente”, finalizou ele.

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