A conclusão dos levantamentos do TCU realizados até então consolidam um total de R$ 2,1 bilhões fraudados nas operações da Líder, mas fontes ligadas à investigação Tempo de Despertar afirmam suspeitas de que o montante seria o dobro apurado pelas auditorias - o que, ainda sem nenhum relatório conclusivo das CPIs e ante a falta de mudanças no sistema, continua na sangria e significaria uma perda de R$ 5 bilhões a R$ 10 bilhões em sete anos.
A redução dos preços, que vinha acontecendo desde 2017, foi primeiramente atribuída a uma queda nas indenizações pagas pela seguradora - que saíram de R$ 3,381 bilhões em 2015 para R$ 2,455 bilhões em 2016, mas que logo demonstraram aumento de R$ 1,9 milhão no resultado consolidado do ano passado (R$ 2,457 bilhões).
Ao mesmo tempo, os resultados operacionais da Líder - que registraram prejuízo de R$ 71,4 milhões em 2015 e uma soma positiva de R$ 41,7 milhões em 2016 - subitamente alcançaram os R$ 343,1 milhões em 2017: ano em que a arrecadação bruta da seguradora caiu 26,7%, os prêmios recuaram 31,7% e os repasses à União e ao SUS retraíram uma média de 50%.
A comissão especial criada pela Susep para discutir a remodelação do DPVAT, por outro lado, já está há um mês sem realizar novas reuniões ou levar prévias de mudanças para avaliação do Ministério da Fazenda.