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Escolher o melhor seguro para o carro não é uma tarefa simples

14.10.2016 - Fonte: G1

Falta de informação, más indicações e desatenção ao preencher o questionário das seguradoras podem acabar em dor de cabeça posteriormente. Especialistas alertam que é importante pesquisar a idoneidade da corretora ou de quem vai prestar o serviço, preencher o questionário com muitatenção e sempre falar a verdade. O coordenador do Procon Assembleia, Marcelo Barbosa, diz que quem for fazer um novo seguro ou o primeiro tem que ficar muito atento, porque há profissionais e empresas que não são idôneos e é preciso referências. A própria pessoa deve pesquisar os diversos planos das seguradoras ou bancos e comparar planos e preços. O consumidor deve procurar o seguro que mais se adeque ao seu perfil, o modelo de seu carro e a sua rotina de vida. Os valores do seguro variam de acordo com a idade dos usuários do veículo, o sexo, a frequência da utilização e o nível de segurança do local onde o segurado mora ou trabalha. É preciso muito atenção na interpretação correta das perguntas do questionário. Ele orienta a falar sempre a verdade, senão isso vai gerar problemas mais tarde. Por exemplo: é preciso ser claro quanto a quem dirige o carro, se tem garagem o tempo todo ou só em um turno. Barbosa alerta para o fato de que o perfil tem que ser correto porque qualquer equívoco no perfil (ainda que não proposital) faz a seguradora não cobrir o sinistro depois. Outra ponto que requer muita atenção são os valores da franquia que devem ser pagos ao acionar o seguro em caso de acidente. Há muita gente que quer pagar uma franquia menor e com isso deixa alguns itens de fora. Dúvidas e reclamações – a quilometragem que o guincho pode percorrer para pegar o carro: se ele não cobre a área de distância onde o seu carro quebrou, você terá de arrumar o carro em um lugar estranho, em uma oficina estranha, onde todo mundo sabe que você não é daquele lugar. Se o serviço não for bem feito, você terá de brigar com a oficina a distância, mas isso sempre está no contrato, só que tem gente que faz a opção de menor quilometragem para diminuir o preço. – carro reserva: pode ser por 10, 15 dias ou tempo indeterminado, mas é claro que o preço do seguro também vai variar de acordo com isso. – carro reserva atrelado à oficina: pessoas reclamam que a seguradora não quis liberar o carro reserva (que estava no contrato, por sete dias) porque o conserto do carro não estaria sendo feito na oficina indicada por eles. – seguro carro reserva: pessoas dizem que só quando precisaram descobriram que o carro reserva não tinha seguro. O corretor diz quem em geral todos têm. É a locadora que arca com isso. Ainda que seja um seguro básico sempre tem. Eventualmente, pode ser que alguma seguradora queira fazer um seguro complementar, mas isso é raro. – terceiros: falhas mecânicas, colisões isoladas, roubo e furto são riscos que boa parte das apólices cobrem, já quando há envolvimento de terceiros, não. Ele alerta para a importância da inclusão deste item. “Em um acidente não dá para escolher bater em um carro mais barato que o seu, é melhor se precaver. E hoje com tantos carros caros e importados pelas ruas é preciso cuidado, diz”. – se o carro que bater for financiado e der perda total: o dono do carro tem que quitar o financiamento, para receber ou a seguradora paga e desconta do que for pagar ao segurado. – catástrofes naturais: ponto que tem que ser checado na hora de assinar o contrato é a cobertura em caso de catástrofes naturais, seja para a indenização integral quanto para reparação. O cliente deve estar atento a isso e conversar com o corretor para saber quais seguradoras oferecem este tipo de serviço. Ele diz que a grande maioria já cobre. – alagamentos: no caso específico de alagamentos, desde 2004, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão que fiscaliza as operações de seguro, determinou que todos os planos básicos – com cobertura contra colisão, incêndio e roubo – se responsabilizem também por submersão total ou parcial do veículo em água doce, inclusive se ele estiver guardado no subsolo, mas é preciso checar. – quando não vale a pena fazer o seguro: os valores do seguro variam de acordo com a idade dos usuários do veículo, o sexo, a frequência da utilização e o nível de segurança do local onde o segurado mora ou trabalha. Outro fator que influencia é o modelo do veículo. Assim é importante comparar o valor da indenização com o valor do seguro. Se o valor da indenização estiver próximo ao valor do seguro o proprietário mesmo paga o risco. Isso pode acontecer com carros muito antigos, porque os valores de indenização e das peças podem ser muito altos, o que inviabiliza a contratação. O seguro é a referência de um risco para qual o segurado passa para a seguradora. O importante é ver até que ponto a pessoa pode absorver o risco daquela perda sozinha ou transferir o risco para a seguradora. Veja mais informações no site da Susep.

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