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Dirigentes defendem criação de agenda para o setor

19.10.2016 - Fonte: Escola Nacional de Seguros

Assunto foi um dos mais debatidos no XVII Conec A criação de uma agenda para o setor de seguros foi um dos principais temas debatidos no XVII Conec. O assunto foi discutido por dirigentes de instituições do setor, no painel “Conflitos e Soluções – Uma Nova Agenda para o Mercado de Seguros”, que defenderam a união de agentes de todo o segmento para a elaboração de políticas e ações que desenvolvam e fortaleçam o mercado. O presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, destacou que, apesar do crescimento exponencial nos últimos anos, o segmento não aproveitou todas as oportunidades de expansão. “Em momentos de bonança, acabamos deixando de observar algumas questões. Talvez o mercado não tenha colhido o máximo que podíamos porque não tínhamos uma agenda para o setor”, afirmou. Segundo o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, a estabilidade econômica do País nos últimos anos gerou uma janela de oportunidades, o que influenciou positivamente o seguro. Ele afirmou que o mercado é cíclico e acompanha o cenário econômico, embora seja resiliente, pois, nos momentos mais difíceis economicamente, a população precisa proteger o patrimônio. “Nosso mercado é movido a renda, produto e emprego. Ele cresceu, mas não se desenvolveu tanto quanto deveria”. Coriolano acredita que o setor pode ser o motor capaz de contribuir para a retomada econômica. “Queremos colocar o seguro no centro da economia, mas, para isso, precisamos trabalhar algumas questões”. O executivo apontou alguns fatores essenciais para essa expansão, como comunicação e educação em seguros, ampliação dos canais de acesso, fortalecimento dos corretores, além de estabilidade e previsibilidade regulatória. O presidente da Escola Nacional de Seguros, Robert Bittar, foi um dos debatedores do painel. Para ele o setor apresenta muitas oportunidades, mesmo em momentos de crise. Segundo o executivo, houve crescimento de 75% na procura por cursos de habilitação em São Paulo, no segundo semestre de 2016, na comparação com o mesmo período do ano anterior. “Temos resultados positivos, mas existe espaço muito maior para a especialização. Queremos ouvir as demandas necessárias para oferecer os produtos que o mercado precisa. Não acredito em crescimento e desenvolvimento sem qualificação”, ressaltou. Autorregulação O painel também abordou a importância da autorregulação da categoria dos corretores de seguros. Bittar afirmou que os altos custos operacionais e as excessivas regras do setor inibem o desenvolvimento de novos produtos e com isso a indústria não atende a todas as demandas dos consumidores. “Precisamos chamar a atenção do setor para atenuar outros impeditivos de crescimento. Temos que adotar uma postura mais pró ativa do que reativa, e ter outros olhares para aproveitar as oportunidades que o Brasil oferece”. Para o presidente do Ibracor, Paulo dos Santos, o debate sobre o assunto é fundamental para transformar o mercado de seguros em principal motor da economia. Ele destacou que o papel do órgão é auxiliar o corretor em situações diversas e manter o setor integrado. “São mais de 100 mil corretores pelo Brasil e a autorregulação tem o papel de orientar esses profissionais e levar suas demandas para a Susep, tentando adequar as normas às necessidades”, afirmou. Quem também defendeu a união dos vários segmentos do setor foi o presidente da Fenacor, Armando Vergilio. “É preciso criar um ambiente sinérgico entre corretores e seguradoras, objetivando buscar as convergências necessárias para levar essa agenda ao órgão regulador e mostrar ao governo a importância do mercado”, disse. O superintendente da Susep, Joaquim Mendanha, destacou que a aproximação entre as instituições é extremamente proveitosa e o mercado só tem a ganhar com isso. “Precisamos conversar mais e levar essa agenda aos nossos governantes”, concluiu.

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