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De empreendedora a sobrevivente: A luta de Ana Júlia contra a devastação causada pela chuva

10.06.2024 - Fonte: Seguro Gaúcho

SEGURO-GAUCHO (18)

A recente enchente que atingiu o Rio Grande do Sul trouxe destruição e desespero a milhares de famílias gaúchas, incluindo a de Ana Júlia Oliveira, uma empreendedora de 35 anos de Eldorado do Sul. Em meio ao caos, Ana Júlia perdeu tudo: sua residência, seu carro e o bazar que mantinha há 14 anos, a fonte de sustento para ela e seus dois filhos.

A empreendedora relata que esta foi a terceira enchente em menos de seis meses a atingir sua vida e sua cidade. A água chegou ao telhado de sua casa e inundou completamente seu comércio, deixando para trás apenas dívidas. Sem seguro residencial ou automotivo, a família agora depende do apoio de parentes, amigos e uma vakinha online solidária para recomeçar.

"Esta enchente foi devastadora para nosso Rio Grande do Sul e nosso Eldorado sofreu demais", desabafa Ana Júlia. "Perdi todos os meus móveis em setembro na primeira enchente e ainda estava pagando por eles. Desta vez, saí apenas com uma muda de roupa, pois não imaginávamos a proporção do desastre. Perdi tudo em minha casa, na casa de meus pais, e no meu comércio. Meu carro ficou submerso. Não tenho economias, pois tivemos gastos com saúde no início do ano, quando meu filho Miguel colocou uma prótese no coração. Sobraram-me apenas muitos boletos da loja e uma imensa vontade de seguir em frente".

Ana Júlia, o marido e os filhos, junto com seus pais e sua irmã foram resgatados e levados para a casa de praia da família em Magistério, que agora serve como abrigo temporário. Lá, eles têm encontrado apoio, atendimento médico e auxílio com doações. Apesar das circunstâncias, o município litorâneo tem se mostrado acolhedor, oferecendo o suporte necessário para enfrentar essa difícil fase.

Com o esposo, Márcio, ela voltou a Eldorado do Sul para iniciar a limpeza da residência destruída pela enchente. Durante o processo, recebeu uma ligação de sua filha Isabella, de 11 anos, que permaneceu no litoral norte com os avós. "Ela está triste, pedindo para eu deixar os filhos dela morrerem na enchente", comenta a mãe sobre o pedido da menina em relação as suas bonecas. Impactada por tudo que viu e está vivendo, a criança tem passado os dias produzindo brinquedos com papelão e cola para se distrair.

Ana concluiu seu apelo na vakinha online com uma mensagem tocante: "Só preciso que me ajudem a não desistir. Hoje preciso, mas nunca deixarei de ajudar meu próximo também. Que Deus abençoe a todos nós, e que um dia esta dor acabe e possamos voltar a sorrir".

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Os prejuízos da cheia histórica no RS

A história da mãe e empreendedora eldoradense é um retrato das dificuldades enfrentadas por muitos gaúchos após a cheia histórica. A solidariedade e a esperança são essenciais para que essas famílias possam reconstruir suas vidas e superar os desafios deixados pela catástrofe. A vakinha online é uma tentativa de arrecadar fundos para que Ana Júlia possa reerguer seu negócio e proporcionar um novo começo para seus filhos.

 

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