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Corretora de seguros REP ajuda no resgate de clientes, funcionários e comunidade

10.05.2024 - Fonte: Sonho Seguro

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É preciso usar os dados para que os planos de gestão e contigenciamento funcionem na hora do problema. Hoje nós não temos", diz Rogerio Walmor Cervi, chairman da corretora

“Me ajuda. Meus filhos sumiram”. “A água chegou no teto da minha casa. Não tenho para onde ir”. São centenas de mensagens como estas que chegam nos grupos de whatsapp que Rogerio Walmor Cervi, chairman da corretora REP Seguros, participa. Instalada numa região alta em Novo Hamburgo, cidade próxima de Porto Alegre (RS), sua empresa nada sofreu. Mas seus funcionários, amigos e clientes enfrentam situações emergenciais.

“Muitos empresários mandaram helicópteros, jetsky, carros apropriados e saímos para salvar as pessoas. Agora começamos a dar a elas desde uma escova de dente, remédios até um local para morar. Temos sete funcionários que perderam literalmente tudo. E logo mais a água vai baixar e teremos muitos problemas que precisarão da união de todos para serem contornados”, diz o engenheiro civil e professor de gerenciamento de risco que fundou a corretora especializada na venda de seguros corporativos, uma das maiores do estado, há 38 anos.

Muito respeitado pelas seguradoras, Cervi tem recebido telefonemas dos principais porta-vozes para saber como podem auxiliar neste momento de tanto sofrimento. “Não podemos receber dinheiro, pois tudo isso tem de ser feito de uma forma legal. Mas certamente a região precisará de muita ajuda quando as águas baixarem. Muitas famílias perderam tudo. De remédios a eletrodomésticos básicos. E o estado precisa de trabalhadores para ser reconstruído. Para isso, todos precisam ter ao menos o básico para voltarem ao trabalho”, relata.

As seguradoras iniciam o processo de vistoria nas instalações dos clientes. Mas tudo tem de ter um procedimento muito cauteloso. Segundo o especialista em gestão de risco, o perigo está por todos os lados. As águas começam a baixar e o sol aparecer. O Instituto-Geral de Perícias alerta que prédios e casas que têm painéis fotovoltaicos para produção de energia solar apresentam risco diante das inundações. “Como o sol saiu, os painéis fotovoltaicos começaram a gerar energia e isso é um grande risco, pois a pessoa pode morrer eletrocutada na água energizada”, afirma.

Outro risco tem sido as cercas. “As pessoas de lancha e de jet-ski têm de ser cuidadosas para trafegar nas ruas que parecem mar mas são ruas com cercas, fios, entulho, carros submersos”, alerta Cervi. As doenças com riscos de morte e surto de dengue preocupam a todos. Águas represadas devem causar doenças com risco de morte e surto de dengue, que já era um problema na região, afirmam infectologistas.

Cervi ressalta também a importância de se aprender com as tragédias. “É preciso usar os dados para que os planos de gestão e contigenciamento funcionem na hora do problema. Hoje nós não temos. Em 1941, o rio Guaíba, em Porto Alegre, chegou a 4,77 metros. Agora passou de 5 metros. Vai acontecer de novo? Vai. E o que vamos fazer para mitigar este risco, já que não podemos mudar todas as pessoas das cidades?”, questiona, citando que a República Dominicana tem registros dos furações desde o ano de 1500.

Além dos planos, as pessoas precisam confiar no poder público. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas vermelho de “grande perigo” para chuvas e tempestades no Rio Grande do Sul. “Mas as pessoas não acreditaram na gravidade do alerta e ficaram em suas casas para proteger seus bens. E perderam tudo. Isso precisa mudar”.

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