Corretor de seguros deve ter cuidado para não cair no golpe do Simples
27.07.2017 - Fonte: CQCS
O corretor de seguros deve ficar atento para não correr o risco de ser vítima no golpe do Simples, no qual golpistas especializados oferecem “troca de créditos por débitos” na Receita Federal. Segundo o consultor do Sincor-RJ, Affonso d”Anzicourt, esse tipo de golpe é “coisa antiga” e o corretor deve desconfiar de quem afirma ter disponibilidade de crédito acima de 30%. “Os golpistas dizem ter milhões de reais em crédito na Receita e tentam ludibriar quem tem débitos, oferecendo uma troca. Mas, qualquer vantagem acima de 30% é suspeita. É preciso ter muito cuidado”, alerta o consultor.
Ele aconselha o corretor de seguro a verificar a idoneidade da empresa que oferece a “troca”, pedir referências e procurar a Receita Federal para verificar se há algum procedimento possível. “Esses golpistas inventam muito”, frisa Affonso d”Anzicourt.
Segundo ele, o problema tende a se agravar nas próximas semanas, uma vez que termina no dia 31 de agosto o prazo para parcelamento de débitos com vantagens significativas. “Mas, essa vantagem é obtida direto com a Receita Federal. A dica é para o corretor procurar o plantão da Receita Federal do seu estado para saber a veracidade do que for oferecido”, acrescenta o consultor.
Affonso d”Anzicourt assinala também que, caso o corretor já tenha sido vítima de uma fraude, terá que pagar o que deve novamente e vai perder o dinheiro. Contudo, não corre o risco de ser excluído do programa de parcelamento da dívida. “Se ele estiver devendo, tem que ficar atento, pois vai receber uma notificação, seja pelo correio eletrônico, ou pelos Correios, informando que se encontra em débito e deve regularizar sua situação em tantos dias. Depois disso, o corretor deve ir até a Receita e parcelar o débito. Não estará excluído”, explica.
Contudo, adverte o consultor, se o corretor tentar fazer um parcelamento clandestino e esse parcelamento não entrar na caixa postal dele, na conta corrente dele, ele perde tudo. “O perigo é ficar tentado a comprar um crédito. Não entre nessa, verifique a idoneidade do trabalho, os créditos que tem. Crédito ouro, especial, saia fora!”, orienta Affonso d”Anzicourt.