Corretor de seguros de São Leopoldo desaparece em Dois Irmãos e Bombeiros fazem buscas
11.06.2024 - Fonte: ABC Mais
Marcelo Vinícius Anton, 50 anos, foi visto pela última vez no fim da tarde do domingo (9) nas imediações do Parcão
Desde o início da noite domingo (9), o Corpo de Bombeiros faz buscas pelo corretor de seguros Marcelo Vinícius Anton, de 50 anos, que desapareceu nas imediações do Parque Romeo Benício Wolf (Parcão), em Dois Irmãos. A procura pelo morador de São Leopoldo se estendeu por essa segunda-feira (10), inclusive, com auxílio de cão farejador e uso de drone.
Conforme a Polícia Civil, Anton teria ido visitar uma amiga em Dois Irmãos. “Ele teria mencionado para a amiga que iria fazer um passeio no Parcão”, declara o delegado Felipe Borba. De acordo com ele, imagens estão sendo analisadas. “Acreditamos que em determinado trecho ele apareceria, realmente, se deslocando para o Parcão, mas não temos mais dados. Ele saiu sem documentação, sem celular e sem seu veículo.”
Foto: Reprodução Facebook
Segundo a investigação, todos os pertences do corretor ficaram na casa da amiga, que mora próximo ao Parcão. “Os Bombeiros já fizeram buscas, tendo em vista que ali, no entorno, existe uma mata considerável, inclusive com alguns trechos de trilhas. Mas não conseguiram localizá-lo”, pontua o delegado. O Corpo de Bombeiros de Dois Irmãos afirma que as buscas pelo desaparecido devem prosseguir no decorrer da noite desta segunda.
“Por enquanto, nenhuma hipótese é descartada”, diz Borba sobre a motivação para o desaparecimento. Segundo familiares, Marcelo tem em torno de 1,80 de altura e cabelo preto com fios grisalhos. No dia do desaparecimento, vestia uma camisa polo branca de mangas curtas, bermuda preta e sapatênis bege.
Quem tiver informação sobre o paradeiro de Marcelo pode repassar à polícia Civil pelo WhatsApp (51) 98543-7318.
Antes de desaparecer
Marcelo tinha uma empresa de seguro na qual trabalhava sozinho. De acordo com a prima dele, Eduarda Forte, nas últimas semanas ele estaria passando por um momento conturbado profissionalmente. “Por conta das enchentes a demanda aumentou muito. Ele tinha muitos clientes e recebia muitas ligações. Mas nem sempre as pessoas compreendiam que o seguro delas não cobria tudo”, explica. No entanto, a técnica em agropecuária salienta que o primo não reclamava dos clientes. “Ele se cobrava muito pelo trabalho.”
Eduarda conta que o primo não conseguia mais ficar sozinho devido à saúde mental abalada, diante da situação ocasionada pela catástrofe climática que assolou o Estado. Por isso, Marcelo foi morar com uma amiga da família em Novo Hamburgo.
No domingo, ele e a amiga decidiram ir visitar outra amiga em Dois Irmãos. “Foram com o carro dele, mas ela dirigiu. Segundo ela [amiga], foi o dia que ele estava mais animado, parecia estar apresentando uma melhora”, relata Eduarda. De acordo com ela, Marcelo e as amigas teriam conversado bastante. Elas teriam entrado na residência para buscar algo e, quando retornaram ao pátio, ele não estava mais lá. Esse fato foi por volta das 17 horas.
“Elas foram procurar pelo Parcão. Não o encontraram e então nos avisaram. Fomos para lá. Então acionamos os bombeiros e a polícia”, conta Eduarda. Segundo a parente, Marcelo fazia acompanhamento com um psiquiatra e tinha consulta com psicólogo marcada para essa segunda-feira.