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Consumidor mantém relação de confiança com o corretor

24.10.2017 - Fonte: Escola Nacional de Seguros

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“A internet se tornou um importante meio de informação, mas a concretização da contratação do seguro ainda depende do corretor”. Essa foi uma das conclusões de uma análise feita pela Escola Nacional de Seguros, apresentada em primeira mão pelo presidente da Instituição, Robert Bittar, durante o painel “Distribuição de Seguros – Diferentes Meios”, realizado no último dia do 20º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros. O levantamento revelou que o corretor não será ameaçado pelo avanço da tecnologia, pois há resistência do consumidor em comprar seguros por meios remotos. “O segurado teme não receber o que foi contratado, portanto, a relação de confiança o consumidor mantém com o corretor”, destacou Bittar. Ao longo de sua explanação, o presidente mostrou um panorama da regulamentação da profissão do corretor de seguros e traçou um comparativo da atuação digital de corretores e seguradoras no Brasil com a de países como Argentina, Chile, México, Estados Unidos e Inglaterra. Neste último, a disputa de preços resultou na redução das margens de lucro tanto dos corretores, como das seguradoras, culminando com a piora na qualidade nos serviços prestados no pós-venda, o que impactou os clientes. Já os EUA apresentam baixo índice de conclusão de negócios pela internet para seguros mais complexos. “Seguros obrigatórios são apólices mais atraentes para contratação on-line, pois não existe desconfiança por parte da população sobre a contratação. Outros ramos de seguro com potencial de apólices desmaterializadas vão exigir maior divulgação aos consumidores para angariar confiança, ante a absoluta necessidade de clareza dos direitos e obrigações”, observou Bittar. O que é ser digital? O presidente da Aon Brasil, Marcelo Munerato de Almeida, também participou do painel e afirmou que o seguro é a garantia de desenvolvimento sustentável da sociedade. O executivo falou sobre a necessidade de mudança por parte de todos os atores do mercado para que o setor se adapte às novas tecnologias. “Nós corretores somos fundamentais para a cadeia. Temos muito espaço para aprender e crescer”, destacou. Segundo o presidente da Icatu Seguros, Luciano Snel, há dois anos a empresa vem se adaptando aos meios digitais e adotando novos processos em todas as áreas. “Ser digital não é só vender seguros pela internet, é muito mais do que simplesmente usar tecnologia, é rever processos. Precisamos refletir e enxergar o que podemos fazer de diferente e com mais agilidade”, afirmou. Já o diretor-geral da Bradesco Seguros, Marco Antônio Gonçalves, salientou que inovação não é apenas usar a tecnologia, e sim oferecer aos clientes experiências melhores. “Precisamos de uma visão de médio e longo prazo, para que possamos nos antecipar às tendências”. Segundo ele, o modelo precisa ser evolutivo todos os dias. “Temos que utilizar a tecnologia em prol do segmento, a especialização aliada à informatização será o nosso sucesso”. Para o presidente da FenaPrevi e CEO Brasil da Zurich Seguros, Edson Franco, a velocidade da transformação para a era digital está menor do que esperado. “O processo de mudança não é linear, é exponencial. O papel da intermediação não será o mesmo e a saída é a venda consultiva e o atendimento integral ao cliente”. O moderador do painel foi o presidente do Sincor-DF e vice-presidente da Fenacor, Dorival Alves de Sousa.

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