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Conheça a Azos, insurtech que já captou mais de R$ 100 milhões e nova parceira da gigante Swiss Re

23.03.2023 - Fonte: Exame

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A partir do acordo, a startup quer imprimir um novo ritmo de lançamento de produtos

No mercado de meados de 2021, a insurtech Azos ganhou um reforço de peso em sua estratégia de desenvolvimento e expansão. A startup brasileira acaba de fechar um acordo com a Swiss Re, uma das maiores resseguradoras do mundo. Antes, essa posição era ocupada pela IRB Brasil.

A Azos atua no mercado de seguros de vida e, a partir da parceria, pretende acelerar o lançamento de produtos. Atualmente, oferece quatro opções e quer chegar em dezembro deste ano com mais do que o dobro, dez.

Entre os novos serviços previstos, opções que envolvem cirurgias, invalidez por doença e assistência funeral premium, com cobertura do beneficiário da apólice e de outras pessoas do núcleo familiar.

“Eu diria que o que o mercado pode esperar da Azos o lançamento de muitos produtos e com uma frequência muito maior”, afirma Rafael Cló, cofundador e CEO da Azos.

Além da agilidade para introduzir novas coberturas, a parceria tem um efeito imediato: o aumento no valor limite das apólices e no período de carência. Em seguro de vida, por exemplo, o limite de capital saiu de R$ 2 milhões para R$ 3 milhões e período de carência caiu de 60 para 30 dias.

A expectativa é de que a gigante suiça contribua ainda na formatação, precificação e análise de riscos dos produtos, a partir da experiência e conhecimento adquiridos em outros países. “Desta forma, a Swiss Re soma sua própria capacidade de risco, dados e inovação para juntos, ajudarmos a tornar as sociedades mais resilientes, afirma Fred Knapp, Head de Reinsurance Brazil & Southern Cone da Swiss Re.

Como a Azos foi fundada

A insurtech chegou ao mercado como uma iniciativa de Cló e os amigos Renato Farias (ex-diretor de operações internacionais da DogHero) e Bernardo Ribeiro (ex-gerente de marketing do Burger King).

A ideia veio após Rafael sofrer com as burocracias de uma seguradora brasileira da qual era cliente. À época, ele morava nos Estados Unidos e trabalhava na Kraft Heinz. Ao descobrir que as parcelas de uma apólice não estavam sendo pagas porque o seu cartão tinha tinha vencido, precisou lidar com uma sequência de problemas relacionadas à:

  • Quitação de débitos
  • Dificuldades de acesso ao portal do cliente
  • Falhas de comunicação com a empresa
  • Política de cancelamento antiquada, com a necessidade de envio de carta escrita de próprio punho pra punho

Em meio às dores de cabeça, Cló enxergou a oportunidade de construir algo neste mercado. Com os outros dois sócios, se debruçou sobre o setor de seguros, observando cases de sucesso na indústria americana e os modelos de negócios.

No lançamento da insurtech, a oferta de apólices a partir de R$ 5,00, valor que se mantém até hoje. Uma estratégia de marketing, mas também uma forma de mostrar um novo movimento no setor, conhecido por trabalhar com valores a partir dos três dígitos.

Para o serviço, conta com tecnologia própria e usa inteligência artificial para oferecer uma análise rápida da solução mais adequada ao perfil do potencial cliente. Os produtos são desenvolvidos com a Excelsior Seguros, parceira desde o início da operação e responsável pela conexão com a Swiss Re.

Qual o tamanho do negócio atualmente

Sem revelar números, Cló afirma que a startup cresceu em receita anual recorrente quatro vezes em 2022. Para este ano, o ritmo previsto é de três vezes. Em termos de capital segurado, a startup ultrapassou o valor 10 bilhões de reais.

O negócio dialoga com um público adulto, 60% dos clientes são homens por volta de 40 anos de idade e classe média alta, com renda familiar acima dos R$ 10 mil. Apesar da proposta de democratização, Cló reconhece que levar o seguro para outras camadas da população ainda é um desafio.

“Querendo ou não, o brasileiro de renda social mais baixa ainda tem uma dificuldade para fazer o pagamento recorrente do seguro, mas é um objetivo da companhia democratizar acesso a bons produtos”, diz.

A evolução da startup no mercado brasileiro tem sido suportada por mais de 100 milhões de reais em investimentos. Por trás do valor, estão fundos como Prosus (ex-Naspers Ventures), Kaszek Ventures, Maya Capital e o Munich Re Ventures, braço de capital de risco da resseguradora Munich Re.

 

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