Como economizar no seguro-viagem, que é exigido pela maioria dos países
03.02.2017 - Fonte: <a href="http://oglobo.globo.com/" target="_blank">O Globo</a>
Pesquisa indica as nações onde o serviço é mais barato Nem todos os países exigem, mas viajar sem seguro-saúde é um risco que poucos deveriam correr. Ainda mais se for pelo custo. No grupo que integra o Acordo de Schengen, o documento é obrigatório e pode ser exigido pela imigração. Mas entre eles, pelo menos, estão os que têm as melhores opções de cobertura e preço, segundo ranking do Compara.com. O site relacionou os valores cobrados pelas seguradoras para diferentes destinos e para planos com cobertura de, no mínimo, US$ 60 mil. Por outro lado, o Reino Unido, que já não fazia parte do acordo e que, recentemente, se desvinculou da União Europeia, tem os planos mais caros. — Pelo fato de os signatários do Acordo de Schengen terem sido obrigados a exigir o seguro dos turistas, a oferta de convênios com médicos e instituições de saúde e seguradoras se tornou muito maior, o que reduz o preço final ao consumidor. No Reino Unido, um fator que encarece os planos é a libra esterlina — explica Paulo Marchetti, diretor do site. Nos Estados Unidos, a grande quantidade de oferta de seguradoras, com planos e convênios em muitas faixas, garante um preço menor pela competitividade. Mas ainda assim mais alto, já que não existe serviço de saúde pública no país, como destaca a gerente de vendas da Student Travel Bureau (STB), Anna Angotti: — Para viagens de poucas semanas, que é o que grande parte dos brasileiros faz ao ir pra Europa ou para os EUA, seguros simples, e que são mais baratos, cobrem a maior parte dos acidentes que podem acontecer. Só vale escolher um mais específico se o viajante for se expôr a atividades inseguras, como esqui. Também no caso de mulheres grávidas ou pessoas com doença pré-existente. Uma consulta simples nos Estados Unidos pode custar US$ 2 mil, um risco que entendo que não vale a pena correr. Dá para economizar O custo é inevitável, mas há formas de salvar alguns dólares. A primeira dica dos especialistas é colocar no plano as necessidades médicas que, de fato, poderão ser usadas e deixar de fora outros itens, como a perda de objetos, destaca Marchetti: — Não vale a pena ter proteção contra extravio de bagagem, por exemplo, para quem vai fazer mochilão ou viagem curta, quando normalmente não há intenção de despachar a bagagem. Esses valores às vezes são altos e estão até nos planos mais simples. Quem viaja em grupo, pode conseguir descontos individuais significativos. E quem fica mais tempo, como um estudante, consegue outras promoções. Além disso, os especialistas são unânimes quanto a um alerta: sempre viaje com o seguro já em mãos. — Em alguns países, onde o seguro é obrigatório, se o turista não tiver a documentação será obrigado a adquirir algum plano em agências no aeroporto, onde é tudo muito mais caro — diz o diretor do Compara.com. Entre os seguros mais caros, segundo o site, estão os de Cuba (pela dificuldade de acesso e comunicação, já que a internet é limitada), da Venezuela e de Angola — nesses dois casos, por conta das incertezas político-econômicas e a violência. PREÇOS PELO MUNDO mais caro. Seguro-saúde para o Reino Unido custa, em média, R$ 315 por semana. Insegurança. Países violentos e com instabilidade política, como Angola, também têm valores mais altos. Neste caso, média de R$ 267, por semana. Comunicação. Seguros para Cuba são caros, já que a comunicação é mais difícil por lá. Custa R$ 200, por semana, em média. Em conta. Mesmo com o euro mais alto, seguros para países signatários do Acordo de Schengen, como França e Portugal, têm preços mais em conta: para uma semana, média de R$ 153. Na média. Saúde nos EUA, que não tem sistema público, é coisa cara. Mas a boa oferta de serviços diminui o preço. No país, o custo semanal médio é de R$ 308.