CNseg prevê crescimento próximo a 9%
12.12.2016 - Fonte: CNseg
Mesmo com um resultado inferior a 2015, a indústria de seguros mantém desempenho superior a muitos outros setores Em um ano com muitos desafios no cenário político e econômico, e aumento considerável da taxa de desemprego, o que refletiu na queda do número de beneficiários de planos de saúde, por exemplo, a indústria de seguros apresentou um desempenho melhor que outros setores da economia, conforme informado CNseg na última sexta-feira, 9 de dezembro. Segundo Marcio Coriolano, presidente da CNseg, a previsão é que até o término deste ano o setor tenha um crescimento próximo a 9% quando comparado a 2015, sem descontar a inflação e incluindo planos de acumulação (previdência). Em 2015, o crescimento foi de 11,6%, totalizando uma arrecadação de R$ 365 bilhões em prêmios. “O nosso setor é impactado pela renda e o desemprego, mas tem uma dinâmica que não depende tanto dos atributos da economia. E quando comparado com outros setores, o seu desempenho foi bem superior”, afirmou o executivo, citando como exemplo a produção industrial, cuja queda foi de 7,8%, e a fabricação de veículos que apresentou uma retração de 17%, ambos no acúmulo do ano até setembro. E até o mês de outubro, a indústria de seguros cresceu 7,8% (sem descontar a inflação e incluindo planos de acumulação). Sobre as oportunidades para a indústria de seguros, Coriolano citou alguns segmentos, como o auto popular, cuja frota estimada de veículos com 5 a 20 anos de uso é de 20 milhões de unidades; o Universal Life, com cerca de 125 milhões de potenciais beneficiários; no agrícola há 61,5 milhões de hectares não cobertos pelo seguro rural e, na previdência complementar, 78 milhões de potenciais clientes. Para o seguro auto popular, o presidente da FenSeg, João Francisco Silveira Borges da Costa, comentou que a previsão é que o novo produto também mantenha os clientes que já tinham o seguro. “45% da arrecadação do mercado é do seguro de automóvel e, neste ano, a performance foi bastante prejudicada”, disse. Na área de saúde, Solange Beatriz Palheiro Mendes, presidente da FenaSaúde, também comentou o quanto este ano foi difícil. “Houve uma perda de 1,9 milhão de beneficiários, e escalada nos custos médico-hospitalares, que neste ano se agravou. E este é um setor que não se mede pela receita, mas sim pelo número de beneficiários”, afirmou. Sobre a reforma da previdência, Edson Franco, presidente da FenaPrevi, afirmou que as medidas apresentadas são necessárias. “Nós apoiamos a reforma da previdência, haverá mais discussões em torno das medidas apresentadas, mas estamos no caminho. A reforma é a garantia do cumprimento da PEC”, declarou. E para 2017, Coriolano comentou que não haverá muita mudança no padrão de comportamento dos ramos/desempenho, devendo se manter em alta, por exemplo, o segmento de pessoas e o seguro de garantia, repetindo o resultado deste ano. “Dificilmente 2017 trará grandes mudanças para o mercado, mas torcemos que algo aconteça na economia do país para que outros ramos também se destaquem”. Segundo ele, a CNseg trabalha com uma projeção de um ponto percentual de crescimento para o setor no próximo ano.