Cade aprova venda de operação da Liberty Seguros para a HDI
06.07.2023 - Fonte: CQCS com informações do Valor Econômico
A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou a compra da operação da Liberty Seguros na América Latina, pela seguradora HDI. Com valor de transação de quase R$ 7 bilhões (1,3 bilhão de euros), se nenhum terceiro ou conselheiro questionar o parecer da SG nos próximos 15 dias a operação será considerada definitivamente aprovada. As informações são do site Valor Econômico.
Além de ganhar mais espaço no mercado brasileiro, com a compra, a HDI expandirá sua atuação na América Latina, entrando no Equador, onde ainda não estava presente. A companhia pertencente ao grupo alemão Talanx, passa da 10ª posição para a vice-liderança no mercado brasileiro de seguros, excluindo vida e previdência, no qual permanece atrás da Porto. A participação da HDI no mercado de seguros em geral, como um todo, seria de 3,88%, abaixo de 30%, filtro a partir do qual o Cade presume possibilidade de fechamento de mercado.
Levando em consideração os mercados de forma mais específica – como de seguro patrimonial, de automóveis, de pessoas individual, entre outros – a participação da HDI após a operação será inferior ao patamar de 20% – filtro a partir do qual o Cade presume dominante e possibilidade de exercício de poder de mercado. As empresas destacaram à autarquia que existem vários players consolidados no mercado como Chubb, Zurich, Mapfre, Tokio, Porto Seguro, Brasilseg, Pottencial, Junto Seguros, Allianz Seguros, Bradesco e Mapfre.
Também não foram verificados riscos no mercado de resseguros (contrato em que o ressegurador assume o compromisso de indenizar a companhia seguradora pelos danos que possam vir a ocorrer em decorrência de suas apólices de seguro). De acordo com a SG, mesmo que se considere hipoteticamente a relação vertical entre o mercado relevante de call center e de serviços de assistência no Brasil e o mercado relevante de seguros no Brasil, a operação não suscitaria maiores preocupações concorrenciais, por causa das baixas participações de mercado das empresas em tais mercados (significativamente abaixo do patamar de 30%).