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Brasil teve queda na pontuação de todas as áreas avaliadas pelo Pisa

07.12.2016 - Fonte: CNseg

Metade dos alunos brasileiros não alcançou o nível considerado mínimo para a aprendizagem e participação plena na vida social, econômica e cívica da sociedade O Brasil teve queda de pontuação nas três áreas da última avaliação do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), de acordo com os resultados divulgados nessa terça-feira, dia 6, ficando na 63ª posição em ciências, na 59ª em leitura e na 66ª colocação em matemática, entre os 70 países avaliados. A prova, coordenada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), foi aplicada no ano de 2015 em 70 países e economias, entre 35 membros da OCDE e 35 parceiros, incluindo o Brasil. Ela acontece a cada três anos e oferece um perfil básico de conhecimentos e habilidades dos estudantes, reúne informações sobre variáveis demográficas e sociais de cada país e oferece indicadores de monitoramento dos sistemas de ensino ao longo dos anos. No país, a prova foi organizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), contando com 23.141 estudantes de 841 escolas, que representam uma cobertura de 73% dos estudantes de 15 anos. De acordo com os dados, os resultados dos estudantes em ciências e leitura são distribuídos em uma escala de sete níveis de proficiência (1b, 1a, 2, 3, 4, 5 e 6). Em matemática, a escala vai de 1 a 6. De acordo com a OCDE, o nível mínimo esperado é o nível 2, considerado básico para “a aprendizagem e a participação plena na vida social, econômica e cívica das sociedades modernas em um mundo globalizado”. No Brasil, em todas as três áreas, mais da metade dos estudantes ficaram abaixo do nível 2. Além disso, 4,38% dos alunos brasileiros ficaram abaixo até do nível mais baixo no qual a OCDE determina habilidades esperadas para os estudantes em ciências. Em leitura e matemática, esse índice foi de 7,06% e 43,74% em matemática (no caso, da matemática, porém, há seis níveis de proficiência, e não sete). Participaram alunos de todos os estados brasileiros, mas, no Amapá e no Paraná, não houve um número mínimo de avaliações para garantir uma análise estatística ampla. Por isso, o Inep alerta que os dados referentes a estes estados sejam analisados com cautela. Em ciências e leitura, o Espírito Santo foi o estado com a maior média (435 e 441 pontos, respectivamente). Em matemática, a média do Paraná foi a mais alta, com 406 pontos, e o Espírito Santo teve a segunda maior média: 405. Já Alagoas registrou a média mais baixa nas três áreas: 360 em ciências, 362 em leitura e 339 em matemática.

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