Atenção no Seguro, por Gerson Anzzulin: O Plano de Crescimento do Mercado Segurador
12.05.2023 - Fonte: Jornal do Comércio | Gerson Anzzulin
‘PDMS é um trabalho de longo prazo’, diz Bini
A Confederação Nacional das Seguradoras, lançou recentemente o Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros. Para o presidente do SindsegRS, Sindicato das Seguradoras no Rio Grande do Sul, Guilherme Bini, trata-se de um grande plano, com olhar de longo prazo, pilares bem estruturados e dividido em três eixos: oferta; demanda e resultado.
Bini disse que a proposta básica é atingir 10% do PIB brasileiro até 2030, com uma arrecadação na casa de R$ 1,13 trilhão. “É um plano audacioso, estruturado e com um caminho de chegada. Atingir 10% do PIB vai ser o resultado de uma série de ações que vamos realizar neste período de oito anos”, afirmou.
O dirigente admite que atingir a meta dependerá da mudança sobre a cultura do seguro no país. Guilherme Bini considera como obrigação das seguradoras disseminar o produto seguro perante à sociedade.
Outro ponto que considera relevante é o desenvolvimento de novos produtos para atender as camadas que não têm acesso ao seguro, como as classes C e D.
Para chegar a 20% da parcela da população atendida pelos diversos produtos do mercado de seguros, o presidente do SindsegRS prevê que isto ocorrerá a partir da disponibilidade de opções mais populares, de fácil acesso e com tickets mais baixos, principalmente nos segmentos saúde e vida.
O Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros tem quatro eixos de trabalho: imagem do seguro; canais de distribuição; produtos e eficiência regulatória.
Segundo Guilherme Bini, o desenvolvimento destes eixos dependerá de uma atuação conjunta das empresas que estão operando no mercado, pois a partir desta premissa será possível construir e aumentar a distribuição de seguros na sociedade.
Outro desafio considerado é a conquista da confiança do consumidor. Bini ressaltou que a população precisa saber a real importância do seguro e cita como exemplo as indenizações da ordem de R$ 10,4 bilhões pagas pelas seguradoras em 2022 no Rio Grande do Sul. “Isto mostra a seriedade do mercado e gera confiança. Tivemos um crescimento de 33,9% em 2022 na comparação com 2021”, destacou.
O presidente do SindsegRS não deixa de apontar os obstáculos a serem superados para a melhora do sistema e o avanço do PDMS. Na avaliação de Guilherme Bini, atualmente o principal entrave é a proteção veicular.
Ele lembrou a campanha de 2021 da CNseg, que teve o objetivo de mostrar aos consumidores a diferença entre um seguro auto e proteção veicular. “Ao contrário das companhias de seguro, os planos de proteção não possuem um órgão regulador para observar normas, reservas técnicas e capacidade financeira. Nosso trabalho é o de conscientizar e mostrar a diferença entre uma seguradora e a proteção veicular”, concluiu.