Angélica Carlini destaca as novas perspectivas da regulação do setor de seguros

28.02.2023 - Fonte: Seguro Gaúcho

A Escola de Negócios e Seguros (ENS) promoveu na noite de segunda-feira, 27 de fevereiro, uma live abordando as novas perspectivas da regulação dos setores de seguro e finanças no novo governo. E a palestrante convidada da atividade virtual foi a coordenadora acadêmica do Curso Pós em Regulação, Saúde Suplementar e Finanças da ENS, a Dra. Angélica Carlini. Ela também explanou sobre a retomada da economia e o aumento de utilização das novas tecnologias digitais nesses setores. A mediação da live foi da Diretora de Ensino da ENS, Maria Helena Monteiro.

Ao ser questionada por Maria Helena sobre como poderemos projetar a regulação para o setor de seguros privados para os próximos anos e que temas serão prioritários, Angélica Carlini argumentou que regulação não é um assunto que deve ser de conhecimento exclusivo de advogados e juristas, mas sim de todos profissionais que atuam setores regulados, como seguro privado, saúde suplementar e finanças, necessitam ter conhecimento do que são as bases regulatórias. Angélica destacou a importância de duas leis que começaram a vigoram em 2019. “A Lei de Liberdade Econômica e a Lei das Agências Reguladoras trazem a figura da análise de impacto regulatório. E é preciso conhecer esses instrumentos legais”, destacou a advogada.

Diante do atual cenário em que começou a vigorar um novo governo, a palestrante observou que existem muitas variáveis que precisam ser observadas e que a campanha eleitoral do atual presidente foi muito direcionada a questões sociais e o seguro é importante para todas as camadas da população, principalmente para aquelas de apresentam baixa renda. “Tudo indica que dentro das novas perspectivas econômicas, políticas e sociais que esse governo adota exista interesse no desenvolvimento de produtos de seguro que atendam a essas novas camadas. E esses novos produtos precisarão ser regulados”, pontuou Angélica.

Angélica disse que os mecanismos provenientes da inovação geram uma inteligência artificial confiável para ser utilizada em diversos setores, inclusive no segmento de seguros. “A tecnologia gera uma significativa quantidade de novos produtos, novas coberturas, seguros, e de novas formas de distribuição. Em alguns anos irá viabilizar uma atividade de seguro que seráo mais uma prestação de serviço de gerenciamento de risco do que propriamente uma oferta de coberturas. E para esse futuro cenário nós precisamos de regulação”.

Sobre o fato de a regulação na saúde suplementar precisar de aprimoramento na gestão da complexidade desse setor, a palestrante disse que o segmento de seguros de saúde suplementar como um todo atravessa um período bem delicado para sua sustentabilidade. “Os profissionais do setor de saúde suplementar precisam estar preparados para dialogar com a agenda regulatória e para provocar o debate com boas ideias, apresentando soluções. Existe um espaço garantido por lei e nós precisamos de argumentos para que o diálogo aconteça com muita técnica e sólidos argumentos”, explicou a professora da ENS.

Durante a live ainda foram abordados outros aspectos relacionados ao tema do evento, como o impacto da inteligência artificial no contrato de seguros.

Assista na íntegra a live da ENS: