Andreia Araújo: do voluntariado ao CVG RS, uma vida dedicada a cuidar de outras vidas
27.06.2023 - Fonte: Seguro Gaúcho
Em entrevista ao Seguro Gaúcho, a presidente do Clube de Seguros de Vida e Benefícios do RS fez um balanço da gestão que vem chegando ao fim, afirmou que é uma eterna militante na causa do Seguro de Vida e que pretende reservar mais tempo ao voluntariado e ao empoderamento de mulheres para posições de liderança nas corporações
Nesta quarta-feira, 28/6, acontece o Prêmio Destaques 2023, promovido pelo Clube de Seguros de Vida e Benefícios do Rio Grande do Sul (CVG RS). E mais do que premiar os nomes que mais se destacaram recentemente no setor, o evento fecha com chave de ouro a gestão da presidente Andreia Araújo.
Neste ano de 2023, o CVG RS faz um coquetel no mesmo dia em que comemora 33 anos. Está marcado para às 19h30, deste 28/6, no auditório do GBOEX Previdência e Seguro de Pessoas. Na ocasião, também serão conhecidos o homenageado do ano e a nova presidência.
Antes do tão esperado evento, a presidente Andreia Araújo conversou com o Seguro Gaúcho sobre a entidade, sua gestão, o mercado e trajetória pessoal. Confira, abaixo, a entrevista.
SEGURO GAÚCHO: No próximo dia 28 de junho acontece o último evento do calendário da atual gestão do CVG RS, que tem você como presidente. Qual o balanço que faz desta que é a sua segunda gestão como presidente do Clube de Seguros de Vida e Benefícios do RS?
ANDREIA ARAÚJO: Faço um balanço extremamente positivo e carregado de gratidão pela oportunidade de estar a frente desta entidade que acompanho há 23 anos, desde quando entrei no mercado segurador.
Assumi como presidente no dia 3/10/2018 — foram quase 5 anos. Foram anos de muito trabalho, muitos erros e acertos, uma pandemia, perdemos pessoas muito queridas e próximas da entidade, chegaram novos rostos para contribuir, e a troca foi incrível.
Resumidamente digo que o ponto mais alto na minha opinião foi a criação do CVG RS — Sem Fronteiras, onde conseguimos integrar não somente o Interior do Estado do RS, como também passamos a colocar a nossa entidade nos principais eventos do circuito nacional de seguros, bem como, conseguimos trazer diversos nomes com reconhecimento nacional não apenas para falar ao publico gaúcho, mas para levar nosso nome Brasil afora.
SEGURO GAÚCHO: Foram duas gestões consecutivas e um período em meio à pandemia. Como foi passar por esse período no comando de uma entidade tão representativa no mercado?
ANDREIA ARAÚJO: Sem dúvida nosso momento mais desafiador.
CVG RS significa Clube de Seguros de Vida e Benefícios do Rio Grande do Sul — e quando falamos de SEGURO DE VIDA, falamos de proteção, fazemos isso há 33 anos.
Há 23 anos atuo no mercado somente com seguro de pessoas, e destes estou ligada ao CVG RS há 10 anos, mas sempre acompanhei a entidade.
Até a pandemia inúmeras vezes eu sentia que a nossa fala de conscientização era muito protelada pelo interlocutor (fosse pelos corretores que fazem a comercialização, fosse os pretensos segurados). Sempre podia ser deixado para um segundo momento — o que é um contrassenso, já que a VIDA é sem dúvida o nosso bem mais importante.
Pois bem, com a chegada da pandemia houve uma forçosa conscientização — e as falas ou contratações de seguro de vida não podiam ser mais proteladas.
Neste momento, penso que utilizamos nossa máxima potência com o único recuso disponível naquele momento — a LIVE — e de junho de 2020 até agora foram 25 lives com profissionais do seguro, médicos, corretores, segurados, todos contribuindo com seus conhecimentos e testemunhos e reforçando essa grande corrente do reconhecimento da importância da proteção.
SEGURO GAÚCHO: Nesse mesmo período de Pandemia, os seguros de Vida se reinventaram e, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), tiveram, até mesmo, crescimento maior em relação a outros setores da Economia, ganhando mais adeptos. Acredita que as pessoas estão se preocupando mais e pensando em Seguro de Vida?
ANDREIA ARAÚJO: Sempre digo que cabe a nós seguradores exercitarmos a nossa criatividade no que tange à produtos e serviços, e transcendermos definitivamente a era commodity. Acredito que a pandemia mostrou quem estava mais pronto tecnologicamente para distribuir de forma online. Mas o ponto mais relevante foi não fugirmos do propósito social do produto que oferecemos. Oferecer cobertura para algo que era risco excluído foi um movimento mundial, que resultou da comoção social, que trouxe sim prejuízo financeiro para todas as seguradoras, mas que ao mesmo tempo alavancou as vendas durante todo esse processo e, sobretudo, cumpriu seu principal papel: proteger a sociedade.
De acordo com os números da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) entre abril de 2020 e março de 2022 foram registrados 175.307 sinistros e pagos R$ 6,5 bilhões em indenizações decorrentes da Covid-19 pelo mercado segurador.
Diferentemente de outros ramos onde você contrata uma apólice de seguro e pode nunca precisar utilizar, o seguro de vida é um risco certo, só não sabemos quando acontecerá.
Mesmo sabedores dessa certeza da finitude, culturalmente fomos sempre convidados a não pensar nisso, a não sermos previdentes.
Quando nos deparamos com pandemia, vimos a morte entrando sem pedir licença nos nossos lares, levando familiares e amigos — e neste momento nasceu uma conscientização forçada. Não era mais possível negar. Não à toa o registro de maior crescimento neste período está justamente pautado no seguro de vida individual, que neste período apresentou crescimento de quase 18%.
SEGURO GAÚCHO: No RS, o mercado também segue pujante?
ANDREIA ARAÚJO: A questão do seguro está diretamente ligada à cultura e disseminação da importância da proteção através do seguro. E nisso nosso povo gaúcho é especialista. A cultura do seguro é muito forte no nosso Estado. Já fomos berço para muitas seguradoras que nasceram aqui e ganharam o Brasil.
Precisamos estar sempre muito atentos à necessidade de manter o foco na cultura contínua de inovação.
Hoje sem dúvida, contamos com uma comunidade extremamente engajada com grande apoio das duas principais entidades de mercado SINDSEGRS e SINCOR RS — sempre tomando à frente na busca de atualização e nos posicionando no cenário Nacional de forma brilhante — o que ajuda muito as demais entidades, como CVG RS, a seguirem nos seus propósitos e todos juntos posicionarmos o RS em lugares de destaque.
SEGURO GAÚCHO: Hoje, quais as vantagens para quem participa do CVGRS?
ANDREIA ARAÚJO: Os associados do CVG RS além de serem os principais responsáveis pela manutenção da entidade, participam de treinamentos e eventos de forma gratuita ou com diferencial significativo de descontos além de terem acesso, inserção e divulgação nos meios de comunicação da entidade.
SEGURO GAÚCHO: Podes adiantar um pouco mais sobre o evento do próximo dia 28?
ANDREIA ARAÚJO: Não tenho dúvidas que será mais um momento lindo, inesquecível, para guardarmos no coração. Muitos atos num único evento. Conheceremos os grandes vencedores do Prêmio Destaques/23, comemoraremos o 33º aniversário da entidade, apresentarmos o novo presidente para o próximo biênio, Jean Figueiró, eleito no início deste mês, e faremos o encerramento desta gestão. Muitas emoções numa única noite.
O evento acontecerá no auditório do GBOEX as 19h30.
SEGURO GAÚCHO: Participarás da nova diretoria?
ANDREIA ARAÚJO: Sempre estarei à disposição do CVGRS, serei uma eterna militante na causa do Seguro de Vida e isso me entrelaça ao CVG RS para sempre.
SEGURO GAÚCHO: Fale um pouco mais sobre sua trajetória pessoal e profissional, até chegar à presidência da CVG/RS.
ANDREIA ARAÚJO: Sou natural de Porto Alegre, e entrei no mercado segurador em janeiro/2000, assumindo um escritório comercial da Previsul Seguradora, na cidade de Passo Fundo.
Fiquei na Previsul por 20 anos, ou seja, maior parte da minha carreira. Nesta seguradora tive a oportunidade de galgar importantes posições de Gerente Comercial à Diretora de Negocios e Marketing.
Em 2018, já como diretora de Negócios e Marketing Brasil da Previsul, ainda assim reservava meu tempo, que era bastante curto, para as atividades como diretora do CVG RS, e mesmo morando em São Paulo, recebi o honroso convite dos meus amigos Eder Oliveira e Clodomiro Dorneles para assumir a presidência do CVGRS pelo biênio 2018-2020.
Apoiada pelo meu então CEO Renato Pedroso, comecei minha jornada na presidência da entidade.
Em 2020 fui eleita pelo colégio eleitoral da entidade para seguir por mais um mandato, que se transformou no triênio 2020-2023.
Ao longo destes 23 anos dediquei-me a causa do Seguro de Vida. Morei em Caxias do Sul, Porto Alegre e São Paulo — atualmente divido minha estada entre POA e SP, atuando como Superintendente Nacional de Vida na EZZE Seguros, seguradora que conquistou meu coração.
Sou formada em Direito pela Universidade de Caxias do Sul/RS, com especialização pela Fundação Getúlio Vargas em Gestão de Pessoas e Gestão Comercial e como uma apaixonada por marketing, fiz duas especializações na área MBA em Inteligência Competitiva e Inovação em MKT, e MKT Digital pela USP.
Há mais de 10 anos atuando no Clube de Seguros de Vida e Benefícios do Estado do Rio Grande do Sul — CVG RS me sinto orgulhosa da trajetória dedicada ao seguro sobretudo ao ramo de Vida, acredito que temos feito um bom trabalho de conscientização da importância da proteção às famílias brasileiras através do seguro de vida, previdência e saúde — principalmente na última década, mas sempre penso que se tem muito a fazer ainda.
Entidades como o CVGRS são a comprovação da dedicação dos operadores do seguro que ofertam seu tempo livre para difundir de forma gratuita seu capital intelectual em prol da expansão do seguro no nosso país.
Na parte pessoal sou casada com o Zuno Grillo que também atua no mercado segurador, o que me rende trocas profissionais incríveis, mas sobretudo uma parceria para vida. Sou mãe do Gustavo e “boadrasta” da Antônia — os três amores da minha vida. Amo viajar pelo Brasil, onde graças ao trabalho tive a oportunidade de fazer grandes amigos de norte a sul! Sou partidária de causas que visam preparar mulheres para posições de liderança nas corporações. E pretendo já no próximo semestre aumentar minha dedicação a algumas frentes de voluntariado — pois é sempre aqui que as baterias acabam por serem recarregadas.