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‘Ainda há muito a ser feito no mercado, sobretudo devido aos riscos climáticos’, diz Marcos Falcão, CEO do IRB(Re), em abertura do 1º Fórum IRB(P&D)

11.09.2024 - Fonte: CQCS

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De acordo com o CEO do IRB(Re), o risco precisa ser abordado de maneira direta e transparente

Os eventos extremos no Rio Grande do Sul mostraram a discrepância entre as perdas econômicas e seguradas, e, apesar do desenvolvimento de soluções que passam pelo princípio da mutualidade, ainda há muito a ser feito no mercado, sobretudo devido aos riscos climáticos. Esta foi a declaração dada por Marcos Falcão, CEO do IRB(Re), nesta quarta-feira (11), ao abrir o 1º Fórum IRB(P&D), com tema “Desafios e oportunidades no enfrentamento dos Riscos Climáticos”.

De acordo com Falcão, o risco precisa ser abordado de maneira direta e transparente. A missão do ressegurador, por sua vez, é pagar sinistro e precificar corretamente, para que haja perenidade e segurança.

“Isso é gestão de riscos. Vivenciamos, recentemente, eventos extremos no Rio Grande do Sul, quando se notou a discrepância entre as perdas econômicas e seguradas. Já temos uma legislação apropriada que está sendo melhorada e as soluções do mercado que passam pelo princípio da mutualidade, contribuindo com esse progresso e gerenciamento”, destacou o executivo. “Mas ainda há muito a ser feito no mercado, sobretudo devido aos riscos climáticos que se agravam. O trabalho em conjunto entre o setor público e privado é fundamental nesse objetivo”, complementou.

Em seguida, Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, reforçou a importância do setor segurador diante dos riscos climáticos. Segundo ele, a indústria de seguros tem melhor capacidade de avaliar riscos, e o setor deve encarar os eventos extremos. Precisamos conhecê-los para fazer o gerenciamento de forma apropriada. Para isso, é importante juntarmos esforços no mercado a fim de acumular e trocar conhecimento”, ressaltou.

O debate sobre os riscos climáticos é acadêmico, pontuou o subsecretário de Reformas Microeconômicas e Regulação Financeira do Ministério da Fazenda, Vinicius Ratton Brandi. “É preciso unir desenvolvimento e conhecimento, conceitos e técnicas que contribuam, inclusive, com as questões regulatórias. Todos os setores, sobretudo o de seguros, precisam desenvolver ferramentas apropriadas para mitigar os riscos climáticos”, disse.

Já para Paulo Miller, chefe da Coordenação Geral de Estudos e Relações Institucionais da Susep, afirmou que o setor de seguros tem papel importante no incentivo das boas práticas de gerenciamento de risco por parte dos segurados, sendo necessário utilizar a especialização do mercado na propagação do bom gerenciamento dos riscos. Ele destacou ainda a “importância em disseminar a educação financeira tanto entre as pessoas quanto no setor público, que tem suas limitações, para ampliar o conhecimento dos instrumentos de proteção existentes no mercado”.

O segundo dia do 1º Fórum IRB(P&D) acontece amanhã (12)e promoverá um encontro técnico-científico. O encontro, que possui apoio da CNseg, reúne representantes do mercado, membros do setor público e especialistas do Brasil e do exterior em mudanças no clima.

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