Valorizar o corretor sem excluir outros canais, defende Fenacor
06.07.2017 - Fonte: Sincor
Após afirmar que as vítimas de acidentes de trânsito são o foco central do estudo conduzido pelo Grupo de Trabalho (GT) do Seguro DPVAT, José Antônio de Castro, coordenador dessa tarefa, destaca que, independentemente do modelo, o também chamado seguro obrigatório do trânsito deve, sim, estar alicerçado no canal corretor de seguros. “Ele é o profissional devidamente habilitado para dar as informações necessárias e evitar que [os beneficiários] sejam prejudicados por atravessadores”, sustenta José Castro em entrevista exclusiva ao
Segundo ele, em todos os relatórios que recebeu constata-se que o índice de satisfação com o atendimento prestado por corretores de seguros e sindicatos da categoria (Sincors) é muito elevado. “Além disso - emenda -, é ínfimo o percentual de retorno dos processos analisados por corretores e sindicatos, o que comprova a alta qualidade no atendimento e comprometimento na integridade dos processos de trabalho”.
Ele explica que o GT foi criado pela Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) para fazer um diagnóstico da situação atual, principalmente no que se refere ao atendimento à sociedade; apresentar propostas de aprimoramento no atendimento, particularmente das ferramentas de tecnologia utilizadas; e a padronização dos termos técnicos adotados no processo de análise dos pedidos de indenização.
José Antônio de Castro diz que o GT entende que a qualidade do serviço prestado pelos sindicatos e corretores, e considerando também a capilaridade oferecida pela categoria, presente em todo o País, justifica e avaliza o aumento da participação desse canal no processo, para que se possa reduzir ou mesmo eliminar gargalos no atendimento.
“Não” – é a resposta do coordenador do GT da Fenacor quando indagado se o canal corretor pressupõe a exclusão de outros canais de atendimento ao segurado (correios, assessorias e outros). Em seguida acrescenta: “Todos os canais de alguma forma somam para ajudar a sociedade. É uma ação sinérgica. Mas, claro que o canal corretor/sindicatos, por ser altamente capacitado para o atendimento qualificado, pode servir de referência aos demais canais”.
Questões polêmicas como mudança de modelo ou do sistema DPVAT baseado na livre concorrência e fraudes não estão em pauta nos estudos do GT, adianta José Antônio de Castro, que reforça o objetivo principal da empreitada: contribuir para o aprimoramento dos processos de trabalho. “A preocupação maior são os controles operacionais e a necessidade de respostas rápidas às vítimas de acidentes no trânsito e beneficiários”.