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“Seguradora não é tudo igual, tem diferença”

26.09.2017 - Fonte: O tempo

Especialistas recomendam comparar as coberturas oferecidas pelas as companhias; deve-se observar ainda os limites de acordo com os destinos e os itens excluídos.

“Escolher um seguro-viagem envolve vários fatores”, afirma Sérgio Frade. Para o diretor da Solutions Corretora de Seguros e autor do livro “Riscos e Seguros”, lançado em maio deste ano, o segurado deve observar quatro itens: a cobertura, os limites, o destino escolhido e as coberturas excluídas pela seguradora. “Eu aconselho comprar seguro com um corretor. Agências de viagens vendem seguro, mas não têm expertise para isso”, salienta. Outra opção é comparar os seguros em sites especializados. Em Belo Horizonte, Patrícia Schirmer Bechelany e Paulo Zamboni lançaram há um ano o Seguros Promo, um site com tecnologia que possibilita comparar preços e serviços das maiores seguradoras do mercado. “A Seguros Promo não é só um site, temos uma equipe de dez consultoras que oferecem assistência online ao cliente, avaliando seu perfil e o direcionando para o melhor plano”explica. Se a compra for efetuada diretamente na seguradora, a maioria dos especialistas é unânime em afirmar que o mais importante é ler atentamente as letras miúdas do contrato e avaliar os serviços incluídos e excluídos na cobertura – principalmente os adicionais – para evitar surpresas futuras. “O segurado tem de comparar serviços, não preço. Nem sempre o mais barato é o melhor”, acrescenta Frade, lembrando que “seguradora não é tudo igual, tem diferença”. Deve-se levar também em conta na contratação do seguro o perfil do viajante, seus interesses e o destino escolhido para a viagem. Esse último item influi – e muito – no limite das coberturas. Lembre-se que alguns países são mais caros que outros e é preciso contratar um seguro que esteja de acordo com sua realidade. Frade recorda a história de um cliente que viajou para Miami (EUA) e sofreu uma queda de esqui aquático. “Se não tivesse seguro-viagem, ele teria de desembolsar US$ 50 mil com despesas médico-hospitalares. Saúde lá fora não é brinquedo”, reconhece. Os mais paranóicos ou cautelosos podem até fazer pesquisa prévia e levantar os custos médicos no destino onde pretendem viajar, como o valor da diária em um hospital ou da intervenção cirúrgica (vide arte com comparativo de preços de serviços médicos em Europa, EUA e América Latina). Em númerosExpansão e crescimento Com o aumento das viagens internacionais no Brasil desde 2008, cresceu também a conscientização sobre o seguro-viagem. De acordo com a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), os seguros-viagem registraram R$ 420 milhões em prêmios (valores pagos pelos segurados) no ano passado, uma expansão de 87,6% em relação a 2015. Também dados da sexta edição da Carta do Seguro, publicação da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), aferem esse crescimento. O seguro-viagem cresceu 52,9% no primeiro semestre deste ano, com receita de R$ 273,7 milhões, divulgou a entidade. Já a variação nominal de maio para junho deste ano foi de 28,2%, com receita de R$ 62,6 milhões.

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