Seguradora mantém oferta de US$ 200 mil; famílias se dividem por maior indenização
01.06.2017 - Fonte: G1
Chape informa que vários familiares manifestaram intenção de negociar diretamente com empresa. Cerca de 15 representantes já acionaram escritório americano especializado em desastres aéreos Seguem longe de um consenso as conversas a respeito da indenização a ser paga pela seguradora da LaMia aos familiares das vítimas do acidente com o avião da Chapecoense, em novembro passado. Dois meses e meio após reunião em Florianópolis, a proposta apresentada de US$ 200 mil (R$ 653 mil) desagrada a maioria dos representantes, que buscam negociações individualizadas por um valor maior. O próprio clube entrou em contato com os envolvidos informando esta tendência, e boa parte das viúvas de jogadores, por exemplo, acionou um escritório americano especializado em tragédias aéreas. Famílias reprovam acordo por seguro e questionam posicionamento em e-mail destinado aos familiares das vítimas na última semana, a Chapecoense reforçou que vem estabelecendo contato com a Bisa Seguros e Resseguros S/A para tratar do tema. A empresa, por sua vez, mantém a posição de que a apólice com a LaMia não tinha mais validade na época do acidente e que um “Fundo de Assistência Humanitária” foi criado, oferecendo o montante citado acima mediante “número elevado de adesões”, o que se torna inviável com o desmembramento da ação coletiva. No comunicado, a Chape deixa claro ainda que “vários familiares anteciparam a intenção de majoração do valor ofertado”, o que significa negociações diretas com a Bisa, sem o auxílio jurídico do clube – que repassa ainda os contatos determinados para tal em anexo no e-mail. Internamente, a postura da seguradora de abrir conversas com os representantes das vítimas é visto como um fator positivo e de flexibilidade de quem inicialmente exigia unanimidade para o pagamento da indenização. Cerca de 15 famílias que buscam esse tipo de negociação – em sua maioria ligadas a jogadores – acionou o escritório americano Podhurst Orseck para representá-las. Sediado em Miami, o grupo é especialista em desastres aéreos e já iniciou os contatos para assumir os processos. Apesar da mudança de rumo das conversas, a Chapecoense informa que segue à disposição de envolvidos.