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O impacto dos fatores ambientais, sociais e de governança nas seguradoras

24.11.2017 - Fonte: CNseg

Relatório de agências da ONU aponta o grau de maturidade do setor em relação a essas questões. Fatores ambientais, sociais e de governança (ASG) podem influenciar no sucesso e na solvência de companhias de seguros. Essa é uma premissa que agora está sendo considerada por reguladores e supervisores de todo o mundo. Um grupo deles está reunido no Fórum de Seguros Sustentáveis (SIF, na sigla em inglês), formado pela UNEP FI em 2016 com o objetivo de aproximar reguladores de diversos países para que juntos possam compreender como as questões de sustentabilidade podem afetar o negócio, integrando-as na regulamentação e supervisão das companhias de seguros. A SUSEP é um dos órgãos reguladores que participam do Fórum. Segundo a publicação “Sustainable Insurance: The emerging agenda for supervisors and regulators”, assinada por agências da ONU responsáveis pela promoção da sustentabilidade, entre elas a iniciativa dos Princípios para Sustentabilidade em Seguros – PSI, o grau de maturidade da integração da sustentabilidade na agenda regulatória do setor de seguros comumente apresenta cinco estágios. Seriam eles:

  1. Avaliação inicial: os reguladores geralmente começam avaliando a materialidade das questões de sustentabilidade para o setor de seguros e suas implicações para os objetivos, estratégias e mandatos das companhias supervisionadas.
  2. Análise de risco aprofundada: nesse estágio, os reguladores podem explorar como os fatores ambientais podem ser melhor avaliados e integrados na rotina de supervisão, em termos sistêmicos e individuais.
  3. Aprimorando a informação: os reguladores podem coletar informações das empresas e divulgar um relatório aprofundado que contenha orientações voluntárias a serem perseguidas.
  4. Transformação de mercado: os reguladores podem apoiar novos nichos de mercado por meio de adequação e incentivo do ambiente regulatório.
  5. Relações sistêmicas: por último, os reguladores podem explorar conexões entre o setor de seguros e outros setores financeiros, quadros regulatório da economia real, e processos de finanças sustentáveis mais amplos.
Três temas são apontados pela publicação como prioritários para a sustentabilidade em seguros: desastres naturais, mudanças climáticas, e acesso ao seguro. As três prioridades são ainda mais contundentes em países em desenvolvimento, onde a vulnerabilidade aos Desastres Naturais e às consequências das Mudanças Climáticas é agravada pelo baixo índice de penetração do seguro. O resultado é uma massa de pessoas financeiramente expostas. No Brasil, a SUSEP promoveu uma pesquisa junto ao mercado supervisionado para entender como as questões ambientais estão sendo abordadas pelas companhias. O resultado da pesquisa mostrou que apesar de 80% das empresas consultadas considerarem as questões ambientais como relevantes para sua estratégia, poucas têm de fato políticas e mecanismos para mitigar os efeitos das mudanças climáticas nas políticas de subscrição, gestão de riscos e alocação de capital. Clique para acessar a integra da publicação: http://www.unepfi.org/psi/wp-content/uploads/2017/08/Sustainable_Insurance_The_Emerging_Agenda.pdf

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