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Dois terços de corretoras digitais já fecharam no país

10.01.2017 - Fonte: <a href="http://www.folha.uol.com.br/" target="_blank">Folha de São Paulo</a>

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Após um boom de corretoras de seguros on-line há cerca de cinco anos, o número de empresas do setor se reduziu a um terço em 2016, segundo executivos da área. “Em 2011, eram cerca de 15 empresas, mas pelo menos umas dez delas já ficaram pelo caminho”, diz Marcelo Blay, sócio fundador da Minuto Seguro. “Após cinco anos, ainda não vendo nenhum seguro para automóvel 100% pela internet, o que eleva os custos.” Além de o cliente não querer, as seguradoras também não estão preparadas e exigem, por exemplo, vistorias. “As empresas que não sobreviveram viram que não estavam vendendo, que precisavam contratar mais gente e faltou dinheiro”, diz Blay, que espera crescer em 2017 30% em prêmios de seguro de automóvel, contra expectativa de 7% do mercado. “É preciso um alto investimento para atrair clientes ao site e para operar em escala”, afirma o diretor da Bidu Maurício Antunes. Em 2016, a empresa incorporou a carteira de seguros de automóveis da concorrente TaCerto.com, o que impulsionou o crescimento de 50% da receita no ano -foram R$ 75 milhões em prêmios. No caso da Smartia, o faturamento se manteve estável, e em 2017 a empresa planeja investir cerca de R$ 1 milhão em marketing. A Fenacor afirma não ter dados precisos, mas confirma a redução de corretoras on-line a uma terço. “O curso operacional do negócio é muito elevado e com um retorno ainda duvidoso”, diz o presidente Armando Vergílio. “Muitos só fazem a cotação on-line, mas não contratam com as digitais. São altos os custos com canais de relacionamento, sem retorno.” “Empresas que não sobreviveram apostaram que a venda seria 100% on-line, mas o brasileiro quer falar com alguém antes de contratar o seguro para o carro. Erraram o modelo de negócio, e faltou dinheiro”, diz Blay.

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