Dia da Mulher - "A gente faz de tudo, e mais um pouco"
08.03.2018 - Fonte: Sincor-MT
Se é que existe mesmo uma sociedade mundial, onde as diferenças deveriam ser amenizadas, há a necessidade de lembrarmos que essa sociedade planetária ainda é machista. Já foi bem mais tendenciosa nesse sentido. Hoje, nem tanto, mas ainda o é.
O Sincor-MT ouviu quatro corretoras que atuam no mercado do Estado há vários anos, e são bastante ativas. A base da abordagem foi centrada na condição feminina, como profissional de um mercado super competitivo, num lugar onde o conservadorismo não pode ser menosprezado.
Somando os anos de experiência no mercado segurador de Mato Grosso dessas quatro corretoras, já são totalizados quase 90 anos. Duas mato-grossenses, Sâmara Dib Said Yones Malheiros (Rio Branco) e Marinéia Dias Campos (Alto Araguaia); e as sulistas (já meio mato-grossenses) Eliane Zanotto Teixeira (SC) e Dagliane dos Santos (RS); conversaram rápida e abertamente com nossa reportagem, em meio à correria cotidiana.
Chamou a atenção a resposta de Dagliane, na bucha, sobre o que é ser mulher neste começo de milênio: "A gente faz de tudo, e mais um pouco". Ela se recorda do início da carreira com os seguros, quando o preconceito sobrava contra as mulheres nesse mercado. "Os brindes oferecidos pelas seguradoras, por exemplo, eram coisas como chaves de fenda", rememorou.
Dagliane destaca, porém, que esse tempo já passou. "A mulher, pelo seu comprometimento, já é reconhecida pelo mercado. E respeitada." A quantidade de gestoras do sexo feminino que estão à frente de algumas das principais companhias estabelecidas em Mato Grosso, lembra ela, é um exemplo dessa ascensão profissional feminina.
"O mercado se abriu muito para as mulheres. Antes, éramos tratadas de forma diferenciada, mas, atualmente, acredito que não há mais diferença e somos recebidas de forma equiparada aos homens", sugeriu Eliane Zanotto Teixeira na entrevista.
Eliane ressalta que a mulher, pela sua capacidade e competência, com o passar dos anos, conquistou seu espaço no mercado segurador e a tendência natural é a expansão profissional, graças à performance competitiva acentuada das mulheres.
Outro aspecto registrado por ela, que costuma importunar as mulheres é a questão do assédio, normalmente, motivado por uma inconveniência masculina. "A sociedade está mudando e esse tipo de comportamento não é mais aceitável", aposta Eliane.
"Assédio é coisa de muito tempo atrás". Quem diz é Marinéia Dias Campos. E ela garante que tanto nas seguradoras, quanto junto aos clientes, as mulheres corretoras, hoje em dia, são muito bem aceitas.
"As companhias seguradoras e o Sincor nos tratam com o maior respeito. Temos liberdade e não sofremos nenhuma discriminação no desempenho de nossas funções profissionais", assegura Marinéia.
Sâmara Dib Said Yones Malheiros já faturou três vezes o Troféu Paiaguás, que destaca os melhores profissionais do ano no mercado segurador de Mato Grosso. Ela tem uma explicação para a ascensão feminina em todos os sentidos: "As mulheres, hoje, gritam mais, e não se calam".
Sâmara diagnostica que a mulher precisa influenciar mais e mudar as questões mercadológicas de forma mais contundente. Frisa que, apesar de a sociedade ainda ser machista, hoje em dia, o homem não é mais o provedor e reparte essa responsabilidade com a mulher, que acumula funções.
Ela também comenta que a sociedade, como um todo, precisa estar mais ágil e atenta no combate à violência contra a mulher, assim como, na defesa das crianças e das pessoas idosas.