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Cresce a busca pela previdência privada

12.12.2016 - Fonte: Tribuna da Bahia

De acordo com Avena, a previdência privada é um bom negócio na medida em que ?complementa a renda da previdência pública O verdadeiro pânico gerado pela anunciada reforma da Previdência, com ênfase na norma de aposentadoria por tempo de serviço, tem levado muita gente a recorrer à chamada previdência privada, ou seja, investir em planos não governamentais para garantir algum rendimento extra quando deixar de trabalhar. Para o economista baiano Armando Avena, “a opção é excelente, mas é necessário ter alguns cuidados.” De acordo com Avena, a previdência privada é um bom negócio na medida em que “complementa a renda da previdência pública. Hoje o INSS paga, no máximo, em torno de R$ 5 mil como teto, e a verdade é que a maioria dos trabalhadores se aposenta com rendimentos entre mil e poucos ou dois mil reais, no máximo.” No entanto, o economista alerta que a previdência privada deve começar a ser feita “o mais cedo possível, pois, assim, o trabalhador vai gastar menos por mês e terá um horizonte mais tranquilo.” CUIDADOS Armando Avena explica que é preciso muito cuidado na escolha do plano de aposentadoria privada: “Há várias opções, mas dois planos clássicos, ou seja, o PGDE, que tem a vantagem de descontar do Imposto de Renda o que é aplicado, desde que se use o formulário completo, mas traz a desvantagem do desconto do Imposto de Renda sobre capital e rendimentos, quando o trabalhador for receber.” O outro plano clássico é o VGBL, no qual não se pode descontar no Imposto de Renda o que é aplicado, “mas, em compensação, quando a pessoa passa a receber os rendimentos só é descontado imposto sobre o rendimento, ou seja, o aposentado recebe mais. Em ambos os casos, porém, é importantíssimo saber a taxa de administração, que varia de acordo com a operadora do plano”, ressalta Avena. O economista enumera ainda uma terceira alternativa para a previdência privada: “Simplesmente aplicar em letras do Tesouro Nacional, a longo prazo. Trata-se de um ótimo investimento, garantido e de maior rentabilidade. Porém, há uma ressalva: neste caso, ao contrário das duas outras opções, nas quais a pessoa recebe os rendimentos mensalmente, o trabalhador retira tudo de vez e cabe a ele administrar o resultado do investimento.”

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