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Com aumento da longevidade, brasileiros devem planejar aposentadoria

02.09.2022 - Fonte: Revista Apólice

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Executivos se reuniram em evento da FenaPrevi para debater como as pessoas devem investir em planejamento financeiro

“Longevidade e planejamento: Ajustando as velas aos ventos – O que fazer para que o seu dinheiro não acabe antes de você”. Esse foi o tema do terceiro painel do Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada, evento realizado pela FenaPrevi hoje, 1 de setembro, no Hotel Hotel Renaissance, em São Paulo. Executivos do setor abordaram a importância de conscientizar a população sobre a necessidade de começar a pensar na aposentadoria, mesmo sendo jovem.

Apresentaram insights sobre o assunto Sri Reddy, vice-presidente sênior de soluções de previdência e renda do Principal Financial Group®; e Clea Klouri, sócia, fundadora do Data8 Hype 50+. Para debater com os especialistas, foram convidados Claudio Sanches, vice-Presidente da Fenaprevi e presidente do Itáu Vida e Previdência; Guilherme Hinrichsen, vice-Presidente da Fenaprevi e vice-presidente Regional SP da Icatu Seguros; e Marcelo Malanga, diretor da Fenaprevi e CEO da Zurich Santander Seguros. A mediação ficou por conta de Ângela Beatriz Assis, vice-presidente da Fenaprevi e Presidente da Brasilprev.

Reddy falou sobre o sistema previdenciário dos Estados Unidos, onde, em média, a aposentadoria paga pelo governo federal americano, tanto para servidores públicos quanto privados, atinge 44% do último salário recebido. “Os EUA tem uma população de idosos muito grande: 76 milhões de pessoas. Quando essa geração de fato se aposentar, vai ser a maior população intergeracional do país. O aposentado americano gasta U$ 3.500 por mês, entretanto, apenas 5% recebe mensalmente algum valor para cobrir esse montante. Além disso, cada dez anos que passa, a expectativa de vida aumenta em um ano. Sendo assim, as pessoas precisam se preparar para quando não estiverem trabalhando”.

A alíquota atual do sistema previdenciário americano é de 6,2% do valor do salário pago pela empresa e 6,2% para o colaborador, sendo no total 12,4%. Para solicitar o benefício, considera o acúmulo de créditos no cálculo de tempo de trabalho realizado no país. Ele dá para um crédito para cada três meses de trabalho, até se somar os 40 créditos para poder receber o pagamento da aposentadoria. “As mudanças na regulamentação ajudaram a mais pessoas entrarem na previdência privada. Quando pensamos em fundo de pensão, não podemos fazer com que o trabalhador pense muito, se não ele pode desistir de contribuir e isso irá gerar um grande problema para o futuro”, disse Reddy.

Clea ressaltou a importância de dados de longevidade e natalidade para que o setor de Vida e Previdência possa inovar em seus produtos. A taxa de fertilidade do Brasil é de apenas 1,71 por mulher, uma das mais baixas do mundo. Atualmente, o país já representa 25% da população idosa do mundo. “Hoje vivemos um novo conceito de maturidade, e precisamos de um novo planejamento de vida. Contudo, apesar da expectativa de vida ter aumentado, a renda média do brasileiro ficou praticamente estagnada nos últimos anos”, afirmou a executiva.

Para Sanches, investir em comunicação e digitalização do mercado, além de capacitar os meios de distribuição, irá fazer com que uma maior parte da sociedade esteja preparada e não fique desamparada na velhice. “Infelizmente, muitas pessoas não se sentem seguras em dar uma parte da sua renda para as seguradoras para complementar seu orçamento em alguns anos. Precisamos mudar essa percepção, pois a questão da preparação do produto de longo prazo é uma questão de disciplina, e é dever da nossa indústria trazer o mínimo de educação financeira para os brasileiros”.

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