CNseg trabalha para reduzir o déficit de proteção de seguros para o Brasil
14.10.2024 - Fonte: CNseg | Foto: Seguro Gaúcho
Nosso maior desafio, agora, é reduzir o grande déficit de proteção securitária de nosso país, em que cerca de 80% da população ainda está desassistida”, afirmou o presidente da CNseg, durante painel do 23º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros. Dyogo Oliveira reforçou que essa é uma das metas do Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros (PDMS), lançado em março de 2023 pela CNseg, que visa, entre outros objetivos, aumentar em 20% a participação do seguro na sociedade, por meio de seus 4 eixos de atuação: Imagem do seguro, Canais de distribuição, Produtos e Eficiência regulatória.
Em evento no Rio de Janeiro, para uma plateia de 3 mil corretores e executivos do setor segurador, Dyogo Oliveira afirmou estar animado com as transformações pelas quais o mercado segurador brasileiro vem passando, lembrando que esse importante segmento da economia, que corresponde a 6% do PIB brasileiro e emprega cerca de 300 mil pessoas, cresce há vários anos a 2 dígitos e deve fechar 2024 com 11% de crescimento.
“Nos últimos tempos, passamos pela pandemia e por todas as crises econômicas e não tivemos nenhuma seguradora com dificuldades financeiras. Em maio, tivemos as enchentes no Rio Grande do Sul e as seguradoras já pagaram cerca de R$ 6 bilhões em indenizações, sem que qualquer sinistro tenha ficado sem pagamento”.
No debate desta sexta-feira, 11, sobre realidade e perspectivas econômicas para o Brasil e o mercado de seguros, o presidente da CNseg destacou os fortes fundamentos da economia brasileira , assim como uma política monetária autônoma, um sistema financeiro e de seguros muito sólidos e capitalizados, uma inflação que vem sendo construído há 30 anos.
“Nossa visão da economia brasileira é muito otimista e quem apostar no pessimismo vai perder dinheiro”, disse.
Entretanto, para ele, ainda faltam alguns fatores para o Brasil “voar”. O investimento na economia brasileira continua muito baixo, na comparação com outras economias, e isso ocorre por instabilidades políticas e jurídicas, minando a confianças dos empresários e investidores. E esse voo é de todo interesse do setor segurador, declarou Dyogo. “Quem não tem carro, não compra seguro de carro e quem não tem casa, não compra seguro de residência”, exemplificou.
Ministro da Fazenda destaca sua relação de longa data com o setor de seguros
O Congresso também contou com a participação de diversas autoridades, como o Ministro da Fazenda Fernando Haddad e os governadores do Rio de Janeiro e Goiás, Claudio Castro e Ronaldo Caiado.
Em sua fala na abertura do evento, na quinta-feira, 10, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lembrou que sua relação com o setor de seguros vem de longa data, quando, ainda professor universitário, há 25 anos, participou da construção da Tabela FIPE, ajudando a pacificar a questão dos valores de indenização de veículos segurados.
Haddad também afirmou que ajudou a resgatar a Lei do Marco Legal do Seguro, que já estava há 20 anos tramitando no Congresso Nacional e foi finalmente votada no Senado, ajudando a afastar uma série de incertezas dos segurados na hora da assinatura do contrato de seguro. O ministro também citou o Projeto de Lei Complementar 519/18, que regulamenta a atuação das cooperativas de seguros, que passarão a ser supervisionadas pela Susep e poderão contar com o auxílio dos corretores.
“Ainda temos muito a fazer e a crescer e há uma coisa mais importante do que qualquer divergência política ou ideológica, que é a reconstrução do Brasil. Se adotarmos o diálogo como premissa, podemos aprimorar a legislação e permitir que o seguro se desenvolva ainda mais no Brasil, como acontece em outros países”, concluiu.
Presidente da Fenacor anuncia que todas as edições futuras do Congresso ocorrerão no Rio de Janeiro
Armando Vergílio, presidente da Fenacor, organizadora do evento, afirmou que o Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros é o maior evento do mercado segurador brasileiro, anunciando que, daqui para frente, todas as edições do Congresso serão realizadas na cidade do Rio de Janeiro.
Paralelamente ao Congresso, ocorre a Exposeg, com a presença de stands de diversas corretoras, seguradoras e demais instituições do setor, inclusive a CNseg. No espaço da Confederação Nacional das Seguradoras, os visitantes podem concorrer a brindes ao participarem de um quiz testando seus conhecimentos sobre o mercado segurador brasileiro e seus produtos.