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3 maneiras dos drones ajudarem o mercado de seguros

28.09.2016 - Fonte: Fox Business via Revista Apólice

Drones não são feitos apenas para serem usados como hobby nas horas de lazer, nem apenas por aprendizes de piloto. A indústria do seguro pode, em breve, utilizar aeronaves não tripuladas para reduzir fraudes, avaliar riscos e coletar valiosos dados para mitigar perdas. Não é história saída de um filme de ficção científica. Um broker de resseguro já estabeleceu um serviço de aluguel de drones para seus clientes de companhia de seguros. Há uma boa razão pelo interesse da indústria em aeronaves não tripuladas. Uma análise realizada pela PwC, estima que os drones podem ajudar a salvar cerca de US$ 6.8 bilhões por ano eliminando custos. Aqui estão três maneiras que mostram como os drones podem ajudar seguradores a cortar custos e reduzir perdas.

  1. Encontrando a fraude

Fraudes custam às companhias de seguros de property e casualty aproximadamente US$ 32 bilhões por ano. Isso significa que a cada dólar pago para a indústria, US$ 0,10 são usados para sanar perdas e ajustes de perdas. A PwC espera que os drones possam permitir aos executivos terem melhores diretrizes com clientes e reduzir os pagamentos de sinistros fraudulentos. Um dos maiores riscos para as companhias de seguro é que muitos segurados buscam situações convenientes para reclamar sinistros que já existiam antes, mas que caberiam na narrativa de sinistro do evento. Por exemplo, o proprietário de uma casa pode aproveitar uma tempestade recente como cobertura para requerer um dano pré-existente à cobertura de alumínio da sua residência, como se o dano tivesse sido causado por essa tempestade. Usando um drone para captar imagens da propriedade segurada antes do desastre natural, as companhias de seguros podem se proteger de pagar essa indenização fraudulenta. A fraude pode também vir de dentro. O relatório mais recente feito pela consultora Markel cita erros de empregados e má conduta como riscos. Apontando que “há diversos casos envolvendo má conduta de empregados em uma ampla gama de indústrias nos últimos anos. Há o risco de que essa má conduta de empregados sempre vá acontecer”. Por isso, drones poderiam ser usados para checar o trabalho dos ajustadores cujos pedidos se afastam significativamente de seus pares.
  1. Risco de Monitoramento

É difícil de medir um risco que está sempre mudando. Estradas sinuosas são inerentemente menos seguros do que estradas retas, e particularmente mais arriscadas se estão cobertas de gelo. De maneira similar, as propriedades estão sob uma maior ameaça de inundação quando as águas próximas têm um relevo elevado. A PwC sugere que drones poderiam ser usados para coleta instantânea de dados e monitoramento de risco. A seguradora inglesa Aviva usou drones em janeiro de 2016 para avaliar danos de enchentes e direcionar seus empregados. Mas a consultoria vê um cenário no qual drones são empregados para prevenir essas perdas mais do que medir os danos que já aconteceram. O relatório afirma ainda que os drones poderiam ser usados identificar imediatamente riscos de desastres naturais conforme eles acontecem. Isso iria desde uma erupção vulcânica até tempestades e furacões. Coletando dados melhores, e encorajando as pessoas a evitarem áreas de risco em particular, seguradores podem ajudar seus clientes a evitar riscos desnecessários.
  1. Preços adaptados

O mercado de seguros é todo baseado em medir riscos e precificar as apólices corretamente. Cada vez mais, seguradores estão competindo em suas expertise no preço cobrado em todas as apólices , desde propriedades até automóveis. A Progressive, companhia de seguros, criou o famoso “Snapshot” dispositivo para gravar os hábitos dos motoristas em tempo real. Ele apareceu com a promessa de condutores com menor risco receberem descontos por seus bons hábitos ao volante. O presidente de uma companhia notou que esse dispositivo permitia à Progressive coletar dados que ajudavam a prever até duas vezes mais riscos que as variáveis tradicionais de classificação. Os drones talvez sejam o próximo passo na personalização de produtos. A PwC acredita que eles podem ser usados para calcular melhores preços de seguro acessando esses riscos que não podem ser acessados com eficiência. Por exemplo, um segurador pode usar um drone para inspecionar um propriedade residencial. Com isso, talvez possa decidir não aceitar o seguro se uma garagem estiver sempre aberta, facilitando os riscos de roubo. Ou, ainda, cancelar uma apólice de uma casa com uma piscina não declarada. Um drone poderia, também, ser usado para confirmar a existência de características que fazem a propriedade representarem um risco menor. Janelas resistentes a tempestades, telhados especificamente inclinados, ou estar em um condomínio fechado, seria bons indícios. Nós podemos estar muito distantes do uso de drone ser amplamente difundido, já que a regulamentação legal em todo mundo está sendo feita aos poucos. Mas uma coisa é certa: a economia que os drones trarão para a indústria de seguros resultará em prêmios menores para as pessoas.

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