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Qual o impacto da nova tábua atuarial no seguro de vida e planos de previdência divulgada pelo IBGE?

05.12.2019 - Fonte: Sonho Seguro

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Seguradora Mongeral Aegon, que completa 185 anos em janeiro, prepara produtos mais aderentes às mudanças de expectativa de vida dos idosos.

Como a nova tábua de mortalidade divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no final de novembro afeta os seguros de vida e planos de previdência? Segundo Marcio Batistuti, diretor de Varejo da Mongeral Aegon, o avanço da expectativa de vida torna o seguro de vida mais barato, uma vez que as pessoas vão viver mais. Já em previdência, evidencia que o individuo terá de fazer um esforço maior para ter uma poupança para fazer o dinheiro durar por mais anos. “Isso mostra que é cada vez mais evidente que todos devem pensar mais no tema: como garantir renda na velhice”, reforça o especialista no tema.

Uma pessoa nascida no Brasil em 2018 tinha expectativa de viver, em média, até os 76,3 anos. Isso representa um aumento de três meses e 4 dias em relação a 2017. A expectativa de vida dos homens aumentou de 72,5 anos em 2017 para 72,8 anos em 2018, enquanto a das mulheres foi de 79,6 para 79,9 anos.

Segundo Batistuti, é preciso olhar não a expectativa de vida das pessoas ao nascer e sim o quanto a expectativa de vida dos idosos aumentou em 8,2 anos de 1940 a 2018. Em 1940, de cada mil pessoas que atingiam os 65 anos de idade, 259 chegariam aos 80 anos ou mais. Em 2018, de cada mil idosos com 65 anos, 637 completariam 80 anos. As expectativas de vida ao atingir 80 anos, em 2018, foram de 10,4 anos para mulheres e 8,6 para homens. Em 1940, esses valores eram de 4,5 anos para as mulheres e 4 anos para os homens.

“A longevidade é um bônus. Mas traz o onus de ser previdente. Cada ano fica mais evidente a importância de se planejar financeiramente para viver mais. Para isso, é preciso mudar a cultura das pessoas, que certamente precisam renunciar a um consumo hoje para poupar e assim poder consumir no momento em que parar de trabalhar”, aconselha. “Essa é grande conta para a previdência. As pessoas vão viver mais e por isso terão de esticar o tempo para se aposentar. Trabalhar mais e também contribuir com valor maior para a poupança de aposentadoria e por um prazo mais longo. Seja no plano empresarial ou no individual”.

As pesquisas mostram que o plano de saude é a principal preocupação de quem passa dos 70 anos. Diante disso, a Mongeral Aegon prepara produtos, que serão lançados em janeiro de 2020, data do aniversário de 185 anos da seguradora. “Pensamos muito em que tipos de seguros podem solucionar as preocupações das pessoas com problemas de saúde. Recentemente foram lançados alguns e outros estão no forno. Todos eles visam atender às demandas de proteção para riscos temidos por essa faixa etária, como custos de uma diária de internação hospitalar, o risco de procedimentos cirúrgicos e de diagnósticos de doenças graves”, cita o executivo.

A diminuição da mortalidade nas idades mais avançadas fez com que as probabilidades de sobrevivência entre 60 e os 80 anos de idade tivessem aumentos consideráveis entre 1980 e 2018 em todas as Unidades da Federação, chegando em alguns casos a mais que dobrarem as chances de sobrevivência entre estas duas idades. Em 1980, de cada mil pessoas que chegavam aos 60 anos, 344 atingiam os 80 anos de idade. Em 2018, este valor passou para 599 indivíduos, informa o IBGE.

Em termos de diferenças regionais e por sexo, em 2018, as maiores probabilidades de sobrevivência entre os 60 e 80 anos de idade para os dois sexos foram encontradas no Estado do Espírito Santo, 576 e 719 por mil para homens e mulheres, respectivamente. As mais baixas probabilidades foram encontradas nos estados do Piauí, para os homens (425 por mil), em Roraima (552 por mil) para as mulheres e para ambos os sexos em Rondônia, onde, de cada mil indivíduos que atingem os 60 anos, 492 completam os 80 anos de idade.

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