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Mapfre estima PIB do Brasil em 2% e da economia global em 3,1% para 2020

15.01.2020 - Fonte: Mapfre

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Emergentes continuarão contribuindo para a atividade global; Seguros Não Vida seguem com melhor potencial de crescimento.

A continuidade da desaceleração da economia mundial em 2019 levou o Serviço de Estudos da Mapfre a projetar um crescimento moderado para este ano, com uma taxa média de 3,1%. No entanto, a pesquisa aponta que graças às políticas monetárias e fiscais pró-ativas implementadas em nível mundial, a economia retomará o caminho ascendente até chegar perto de seu potencial global de 3,4% em 2021.

Segundo o “Panorama Econômico e Setorial 2020” os países emergentes continuarão contribuindo de maneira mais significativa para a atividade global, crescendo em média de 4,5% nos próximos anos. Isso ocorre em virtude de fatores como as condições financeiras mais positivas; uma melhoria nos termos de troca para os países produtores de matérias-primas agrícolas; a recuperação de algumas economias em recessão e a retomada de mercados relevantes que desaceleraram consideravelmente em 2019.

O Brasil é um dos países que recuperou o fôlego e onde é observada uma melhora nas expectativas econômicas. A pesquisa da Mapfre estima um crescimento do Produto Interno Bruno (PIB) para este ano de 2%, em comparação com os 1,1% estimados para 2019. Isso em razão a um comportamento mais favorável do consumo e do investimento privado, além da reforma previdenciária já aprovada, na qual estima-se uma economia de R﹩ 700 bilhões em 10 anos.

O México é outro país da América Latina com expectativa de retomada econômica em 2020 de cerca de 0,9%. No entanto, economistas do Serviço de Estudos da Mapfre apontam para um risco maior para a nação se não houver avanço nas reformas e medidas econômicas e institucionais.

Por outro lado, nos EUA, o crescimento esperado é de 1,6% neste ano. Já para a zona do euro, o relatório estima uma evolução de 1% para 2020. Considerando como certa a saída do Reino Unido da União Européia, os riscos de crescimento ficam focados na ausência de reformas que aumentem o nível de atividade econômica, bem como nas tensões orçamentárias e de solvência dos países membros, principalmente da Itália.

No Brasil, as melhoras das expectativas econômicas impactaram as perspectivas de crescimento de segmentos Não Vida e de Vida Risco. Neste contexto, a estimativa é que os prêmios dos seguros Não Vida cresçam cerca de 5,1% em termos nominais em 2019 (2,2% em termos reais). Já em 2020, o segmento deve experimentar um incremento de cerca de 7% em termos nominais, o que significa uma aplicação real de 3,1%.

Por outro lado, o controle da inflação permitiu ao Banco Central aplicar uma nova redução nos juros de referência da política monetária (Selic). Nas curvas livres de taxa de juros de risco correspondente a novembro de 2019, o estudo observou que os tipos continuaram caindo, conservando sua inclinação positiva. E este comportamento favorece o desenvolvimento do negócio de seguro de vida.

Em geral, as taxas de juros em todos os vencimentos estão em níveis inferiores aos alcançados em anos anteriores, o que reduz em termos relativos os incentivos ao desenvolvimento dessa linha de negócios de seguros, embora níveis absolutos de taxas continuem permitindo crescimento deste segmento de mercado.

“Apesar da desaceleração econômica verificada nos últimos anos, a economia brasileira já dá sinais de recuperação, com a retomada de investimentos em segmentos estratégicos. Este movimento certamente impactará positivamente o mercado segurador, que tem um grande potencial de crescimento no país”, destaca Fernando Pérez-Serrabona, CEO da companhia no Brasil.

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