>

Icatu Seguros debate investimentos em ações na previdência privada

25.05.2020 - Fonte: Seguro Gaúcho

45345

Composição do portfólio de investimentos, alavancagem e resiliência foram alguns dos termos utilizados pelos especialistas que compartilharam suas percepções a respeito da temática que compôs a atividade virtual.

Por que investir em fundos de ações na minha carteira de previdência? Para responder a esse questionamento, a Icatu Seguros realizou uma live quinta-feira (21). A temática teve a mediação de Talita Raupp, que integra a equipe de previdência da Icatu. O encontro virtual contou com a participação de Ney Miyamoto, da Alaska Asset Management e Breno Guerbatin, da Stúdio Investimentos.

Já no início do bate papo, Miyamoto argumentou que para investimentos de longo prazo a paciência é a virtude que mais deve ser aprimorada. Segundo ele, nas aplicações de renda variável a probabilidade de ganhos será mais elevada, quanto maior for o prazo dos investimentos. “O retorno consistente não é instantâneo e acontece sempre com o transcorrer do tempo. Como a característica do investimento previdenciário é de ser de longo prazo, não tem como as pessoas não pensarem em ações. O tempo é seu amigo e seu aliado”.

A visão de consultor da Alaska é corroborada por Guerbatin. “O que nós olhamos para investir numa companhia necessita de tempo para maturar, ou seja, se transformar em realidade. Acreditamos em compor resultados ao longo do tempo”.

Talita perguntou a Miyamoto se com as modificações abruptas do cenário econômico ocorreram mudanças na estratégia dos fundos e se em função disso eles têm preferência por algum setor. O especialista argumentou que a Alaska tem muita convicção em seu processo de investimento. “A crise fez com que analisássemos caso a caso, empresa a empresa. Isso não nos levou a sair de nada, mas fizemos algumas modificações, tanto que reduzimos algumas posições e aumentamos outras. Hoje a análise consiste em prestar atenção nas empresas”.

A mediadora questionou a Guerbatin se devido à atual crise o que é mais recomendado: concentrar ou diversificas as aplicações. O representante da Stúdio respondeu que ao ser feito um investimento os erros não podem ser suficientes para excluir o investidor do jogo. Para ele isso significa manter o cotista dentro do fundo.

“Sou adepto do poder da permanência. É muito importante que exista a capacidade de continuar usufruindo da estratégia de investimento adotada ao longo dos anos sem que ocorra muito sofrimento nos piores momentos”, explicou. “Acreditamos que se isso é feito de uma maneira um pouco mais diversificada e consistente ao longo do tempo, você vai compondo de maneira consistente”.

O especialista fez apontamentos sobre oportunidades que estão aparecendo desde que ocorreu a queda da bolsa de valores. “Gostamos da diversificação. Atualmente está ocorrendo uma disputa grande de qual ativo utilizaremos na composição do fundo, pois enxergamos oportunidades nos mais diversos setores.”

Ao relembrar que nenhum gestor previu a dimensão do lockdown, Talita questionou os entrevistados como esse fato modificará os critérios utilizados para analisar as empresas que irão compor suas carteiras de investimentos.

Miyamoto explicou que a brutal diminuição da atividade econômica é um evento muito imprevisível. “Apesar do impacto que o fechamento da economia teve nos negócios, a forma do processo de investimento e a abordagem que temos nas companhias não mudará. Mas ao tratarmos com o cliente pessoa física, incluiremos alguns questionamentos, do tipo: quanto tempo é possível sobreviver sem renda? Mas os pilares de nosso trabalho serão os mesmos”, assegurou.

Já Guerbatin considerou difícil a inclusão de um novo critério de condição de análise. “Apesar de toda a economia estar sendo impactada negativamente nesse momento, mas não podemos dizer que não ocorreram eventos específicos que não tenham sido muito relevantes. Ao analisarmos cada caso de investimento, conseguimos observar situações específicas que apresentaram cenários de estresse incrível. Mas no final, a forma como analisamos é caso a caso”.

Em sua explanação a respeito de investimentos Miyamoto disse que a Alaska sempre procura investir em companhias que possibilitem margem de segurança. “Aparentemente vivemos um momento em que os descontos são muito grandes e as pessoas têm boa margem de segurança para investir. Vamos sempre procurar bons negócios com preços atraentes”, falou.

Ao argumentar que o ato de investir é um aprendizado, o especialista aconselhou: “as pessoas precisam estudar mais para saber no que elas estão investindo. Elas não investem porque obterão um retorno absurdo num curtíssimo prazo, mas sim porque terão geração de patrimônio de maneira sólida”.

Guerbatin reforçou os esforços da Stúdio na busca pelos melhores investimentos em renda variável. “Estamos constantemente exercitando essa dinâmica de estar encontrando novas opções que vão agregar resultado para o fundo ao longo do tempo”.

Saiba mais

A gestora independente Alaska possui cerca de R$ 5 bilhões sob gestão com foco em fundos de renda variável, tendo como objetivo principal buscar retornos consistentes no longo prazo, além de educar e informar os investidores sobre o mercado. Já a Studio, que também é uma gestora independente, administra um patrimônio de cerca de R$ 800 milhões, tendo como base a análise fundamentalista e as experiências profissionais complementares de sua equipe para identificação de bons investimentos.

Notícias Relacionadas