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Seguradoras buscam deixar o ambiente mais diverso

18.06.2019 - Fonte: Revista Apólice

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A diversidade é um tema em alta no mercado, porém, enfrenta dificuldades para ser colocado em prática. Algumas seguradoras observam não somente o retorno financeiro que a diversidade pode proporcionar, mas a oportunidade de passar a enxergar o mundo com um olhar diferente.

Instituições como o IDIS (Instituto pela Diversidade e Inclusão no Mercado de Seguros) e AMMS (Associação das Mulheres do Mercado de Seguros) realizam ações para conscientizar sobre a importância de haver mais pluralidade nas empresas do setor.

A AIG seguros apareceu na lista da Diversity Inc como uma das 50 melhores empresas em práticas de diversidade e inclusão. Além do retorno financeiro, a seguradora visa agregar valor humano em seus processos, conforme relata Vinicius Mercado, subscritor de Linhas financeiras. “Este movimento traz para o mercado de seguros mais inovação. Um ambiente plural agrega,, além de tudo, valor humano. Em uma empresa nesse molde o trabalhador pode ser quem ele é”, comenta.
O executivo destaca que o trabalho de conscientizar as seguradoras é diário, sendo necessário para quebrar tabus. “O trabalho é construindo aos poucos, como formiguinhas, através de palestras dentro das corporações para mostrar outra realidade. Transexuais já vieram mais de uma vez. Existem pessoas que nunca nem viram uma, então existe muito estereótipo”, complementa.

Mesmo caminhando a passos curtos para a diversidade, o mercado segurador se mostra resistente em relação a algumas mudanças. As apólices de seguro, por exemplo, ainda não possuem o “Nome social” como opção. “Possuímos um órgão regulador que deve dispor dessas alterações. Para que estejam em documentos oficiais, elas devem passar pela Susep”, relata Mercado.

Os desafios são muitos. Colocar o tema de uma empresa mais plural, desafiar o status quo, exige muito no dia a dia. É necessário observar que a diversidade não agrega somente valor financeiro, mas capital humano. “O setor de seguros é um mercado conservador, mas não podemos colocar isso como desculpa, porque o mercado de TI e o financeiro também são conservadores. Isso não pode ser um empecilho, porque isso não é uma peculiaridade do nosso mercado”, conclui o executivo.

Indo pelo mesmo caminho, a Metlife ganhou o prêmio da empresa Great Place to Work como uma das melhores empresas para o público feminino. “A seguradora segue na promoção de discussões relacionadas à diversidade, em especial, sobre pessoas com deficiências, orientação sexual e empoderamento feminino. Nosso objetivo é buscar o fortalecimento das diferenças, na abertura de diálogos para que os colaboradores exerçam suas habilidades com maestria e atinjam todo o seu potencial”, afirma Daniela Dall´Acqua, diretora de RH.

A executiva alerta sobre os desafios que a seguradora enfrenta ao pautar um ambiente mais diverso. “Hoje temos várias gerações no mercado de trabalho e precisamos de um olhar atento para rever a forma como organizamos o negócio e conduzimos a relação com nossos colaboradores. A pauta precisa estar ativa em todos os fóruns, não apenas em iniciativas internas de diversidade. Com isso, conheceremos melhor as necessidades dos nossos clientes e parceiros para atuarmos de forma mais ativa”, aponta.

Daniela conclui e ressalta a importância do ambiente diverso. “É mais agradável trabalhar com a multiplicidade do que se rodear de pessoas que são exatamente iguais a você. Proporcionar um local de trabalho no qual as pessoas se sentem mais à vontade para serem elas próprias traz um enorme impacto motivacional. É bom para o indivíduo, para os negócios e para a sociedade”.

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