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Mercado de seguros reage e repudia novo patrocínio de clube de futebol

19.02.2019 - Fonte: CQCS

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A notícia de que o Club de Regatas Vasco da Gama fechou um contrato de patrocínio até o fim de 2019 com a Global CBB, empresa de proteção veicular, causou indignação no mercado de seguros. Lideranças de diversas entidades do setor vieram a público nesta segunda-feira (18/2) para repudiar a iniciativa e alertar a população que diversas associações do mesmo segmento já foram alvos de denúncias de consumidores que foram lesados ou que não receberam o benefício prometido pela empresa após a ocorrência de um sinistro.

“Ontem nos deparamos com algo que realmente é inaceitável no Brasil de hoje, no Brasil que queremos: o Club de Regatas Vasco da Gama ostentar em seu calção o patrocínio de uma associação de proteção patrimonial. E o pior: uma emissora como a Rede Globo transmitir as imagens. Combater a ilegalidade num País de tanta impunidade, fica difícil, mas nós não podemos esmorecer. É hora de nós praticarmos o bem comum, não mais nos escondermos atrás do erro coletivo. Portanto, não vamos aceitar isso. É um absurdo e nós tomaremos as medidas cabíveis e possíveis pelo Sincor-SP”, afirmou o presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo.

Na mesma linha, imediatamente após a veiculação no jornal “Notícias do Vasco” de que uma empresa de proteção veicular é a mais nova patrocinadora do clube de futebol, o Presidente do CCS-RJ, Fabio Izoton, emitiu uma nota, alertando para a “parceria perniciosa firmada pela agremiação”.

“O Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro vem a público manifestar sua indignação pela decisão do Club de Regatas Vasco da Gama, essa GIGANTE instituição esportiva, fundada em 21 de agosto de 1898, e que tem milhões de apaixonados torcedores pelo mundo, em ter aceitado como patrocinador uma ‘EMPRESA’ que se passa por uma Associação de Proteção Veicular, que exerce atividade totalmente controversa e que vem sendo constantemente combatida pelos Órgãos Públicos e de Fiscalização do Mercado e de Defesa do Consumidor, inclusive com consistente divulgação na mídia de diversos prejuízos causados aos seus ‘CLIENTES’ associados”, destacou o dirigente em comunicado enviado à imprensa.

Em entrevista ao CQCS, Izoton lembrou que a atividade das empresas de proteção veicular não é regulamentada pela Susep, órgão responsável pela regulamentação do setor de Seguros e conclamou os corretores de seguros a se posicionarem.

“Nós, como corretores de seguros, temos obrigação de alertar a sociedade para alertar aquilo que estamos vendo de errado. Nossa missão é proteger a vida e o patrimônio das pessoas”, destaca o presidente do CCS-RJ.

Ele conta que o membros da entidade entraram em contato com a diretoria de marketing do Vasco e aguarda uma posição do clube. “Entramos em contato com o clube e agora estamos esperando uma manifestação do Vasco da Gama”, diz.

Através de uma nota, a Fenacor também demonstrou sua reprovação em relação à atitude do Vasco da Gama.

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