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Itaú colhe frutos depois de anos reestruturando seguros

19.02.2020 - Fonte: Sonho Seguro

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Plataforma aberta está pronta para receber novos produtos e serviços, como seguros para empresas, incluindo o saúde, diz Luiz Fernando Butori, diretor do Itaú Unibanco, ao blog Sonho Seguro.

Depois de anos reestruturando a Itaú Seguridade, o banco passa a colher frutos com o novo formato de plataforma aberta, ou seja, ofertar seguros de seguradoras parceiras aos clientes por meio digital. O relatório das operações ainda é um pouco complexo de entender, mas com a ajuda dos profissionais do grupo tudo fica claro.

O lucro líquido das operações de seguros foi de R$ 2,6 bilhões em 2019, alta de 6,8% em relação aos R$ 2,4 bilhões de 2018. As receitas somaram R$ 7,8 bilhões, 2,6% acima dos R$ 7,6 bilhões nos períodos analisados.

Neste campo estão incluídos seguros, capitalização, taxas de administração dos planos de previdência (ainda tem um pouco da taxa de carregamento que foi zerada no fim de 2019) e também tem a equivalência patrimonial do resultado obtido com a joint venture com a Porto Seguro.

É um resultado expressivo, considerando-se o lucro líquido do Itaú Unibanco de R$ 28,4 bilhões em 2019, alta de 10,2% em relação a 2018. Em relação a seus pares privados, o resultado com seguridade parece pequeno, inferior a 10%.

No Bradesco, por exemplo, a participação de seguros no ganho do banco chega a 30%. Mas ambos têm estratégias bem diferentes para a contabilização da atividade de seguros, previdência, saúde e capitalização.

As receitas totais com prestação de serviços e resultados de seguros e previdência subiram 5,9% no ano, para R$ 43,9 bilhões. Desta fatia, receitas com tarifas tem o maior peso. Seguros representa apenas R$ 6,5 bilhões.

O grupo praticamente saiu de um gestor de risco ao vender a carteira de saúde, de grandes riscos e parado de atuar em garantia estendida para ser uma plataforma de oferta de produtos e serviços para clientes. “Olhando o resultado somente de seguro, voltamos a crescer 9,5% depois de anos de reestruturação.

Esse resultado considera somente seguro puro, com vida e prestamistas como carros chefes e a equivalência patrimonial da parceria com a Porto Seguro e outros parceiros”, segundo Luiz Fernando Butori, diretor do Itaú Unibanco, responsável por seguros e capitalização.

A estratégia de plataforma aberta se mostrou correta com seguros de pessoas e agora o Itaú parte para entrar forte em pessoa jurídica. “O foco, a quantidade de produtos, a sofisticação, quando traz outros seguros de outras companhias, nos ajudou a mudar de patamar e em 2020 vamos colher os frutos”, disse Butori ao blog Sonho Seguro.

Segundo ele, a equipe está debruçada na escolha de novas seguradoras parceiras para seguros voltados aos riscos empresariais, incluindo também um plano de saúde”, finalizou.

Com tudo pronto para avançar, a expectativa é crescer no topo da projeção do banco para 2020. O guindasse para prestação de serviços e seguros para o ano está entre 5% e 8%.

Considerando-se apenas seguros, o guidance de Butori é de avançar entre 9 a 10%. “Nossa expectativa está muito otimista com o final do ano. Fizemos um quarto trimestre forte, o que nos sinaliza que entramos em outro patamar em seguros”, disse.

Segundo ele, nem mesmo as expectativas de perdas para as seguradoras, como sinalizou ontem a queda das ações das principais companhias listadas na B3, assusta. “A Porto Seguro é considerada uma das mais bem preparadas para atuar com riscos de inundação, tanto na precificação do risco como na gestão dos sinistros”.

Em comparação a 2018, o aumento no resultado de seguros, previdência e capitalização ocorreu por aumento nos prêmios ganhos de seguros prestamista, cartão protegido, de vida e de acidentes pessoais.

Também houve aumento no resultado de equivalência patrimonial e nas receitas de prestação de serviços de previdência, além de menores despesas de comercialização. Em compensação, o teste de adequação de passivos na previdência, as receitas líquidas de capitalização e a margem financeira gerencial foram menores no período, resume o relatório do balanço do Itaú divulgado dia 10.

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