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As novas fronteiras da tecnologia no seguro saúde

14.06.2019 - Fonte: CQCS | Sueli Santos

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O uso da tecnologia na área de saúde privada também foi assunto no CQCS Insurtech & Inovação. O tema foi discutido por Eduardo Kolmar, vice-presidente de benefícios da THB Brasil; Renata Krause, CEO e co-founder da Medsyn; e Raquel Giglio, vice-presidente de saúde e Odonto da SulAmérica. A tecnologia deve existir para garantir mais bem-estar. O que o seguro está trazendo de novidades?

Eduardo Kolmar falou sobre o futuro no seguro saúde. Ele destacou a importância de se entender que o mercado de saúde é mutualismo. Segundo ele, o desperdício é um problema. “Cerca de 1/3 de tudo é desperdiçado. Pessoas que não buscam exames, comportamento médico, entre outros problemas”.

Segundo kolmar, a tecnologia ajuda a tomar decisões de forma mais rápida. “O uso correto por todos é obrigação para que o mercado seja sustentável”, afirmou.

Renata Krause explicou que a Medsyn é uma empresa que investe em tecnologia. Para ela, um dos problemas é o difícil acesso à saúde pela população de baixa renda. “Essas situações fazem com que vivamos situações como troca de planos de saúde e falta de confiabilidade nas declarações de saúde”, analisou.

Para ela, a telemedicina pode ajudar. “Acredito que a proximidade com as healthtechs podem trazer benefícios para o mercado”. Renata disse que a telemedicina pode ser usada como agente na subscrição de risco e também como agente da junta médica do departamento auditoria e na redução de custos.

Ela ressaltou que o uso do teleunderwriting, por exemplo, em que a subscrição é feita por um médico treinado, a análise de risco é solidária. “O vendedor não perde tempo com a subscrição”, disse.

Ela apresentou dados de que o teleunderwriting pode ajudar em 50% na redução de custos das operadoras.

Raquel Giglio, da SulAmérica, mostrou o potencial das novas tecnologias para transformar os sistemas de saúde no mundo, fortalecendo a gestão de saúde populacional e contribuindo para uma maior sustentabilidade do setor. Para a executiva, a inovação pode ser uma aliada na construção de um novo modelo assistencial, com coordenação dos diferentes níveis de cuidado e uma jornada de saúde pautada pela prevenção.

“As novas tecnologias devem transformar as ferramentas de promoção de saúde, diagnósticos e tratamentos, além de possibilitar um acesso cada vez mais amplo e de qualidade à assistência médica adequada. No entanto, essa medicina conectada ganha ainda mais valor se estiver alinhada com a coordenação do cuidado e com a utilização adequada dos recursos do sistema de saúde, de modo a evitar desperdícios e a focar no bem-estar dos beneficiários, na prática médica de excelência, com base em evidências, e no melhor encaminhamento clínico para cada caso”, afirmou Raquel Giglio.

Durante o painel, a executiva destacou duas iniciativas inovadoras no aplicativo SulAmérica Saúde que estão transformando a experiência do segurado: o Médico em Casa, que permite agendar atendimento médico em domicílio para crianças de até 12 anos e idosos a partir de 65 anos em 19 cidades brasileiras, e o Médico na Tela, por meio do qual pais e responsáveis podem agendar videochamadas com pediatras para orientações de saúde. Em 95% dos casos atendidos em domicílio após a chamada via app, a ida ao pronto-socorro mostrou-se desnecessária.

A vice-presidente da SulAmérica apresentou, ainda, um serviço pioneiro de gestão conectada de saúde para empresas clientes. Por meio de uma plataforma eletrônica exclusiva, médicos autorizados conseguem acompanhar, em tempo real, informações sobre procedimentos médico-hospitalares que envolvam os colaboradores pelos quais esses profissionais são responsáveis, incluindo as análises técnicas conduzidas pela SulAmérica em casos que exigem validação prévia da operadora, como exames e cirurgias. O objetivo é possibilitar à empresa cliente uma gestão cada vez mais eficiente e transparente da saúde dos colaboradores segurados.

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